Quem manda na capa de Setembro da Vogue é Beyoncé

A cantora de 36 anos é a protagonista daquela que é considerada a mais importante edição do ano da revista porque marca a rentrée.

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Reuters/EDUARDO MUNOZ

Beyoncé será, pela quarta vez, capa da Vogue. Desta vez, da edição de Setembro, de acordo com o New York Post. A editora da revista norte-americana, Anna Wintour cedeu o controlo artístico à cantora de 36 anos, que escolheu o jovem fotógrafo Tyler Mitchell para a missão. Pela primeira vez na história de 126 anos da Vogue a fotografia de capa é feita por profissional de origem africana.

Segundo duas fontes referidas pelo HuffPost, o acordo entre a publicação e Beyoncé garante à cantora a liberdade de tomar decisões relativamente à capa, às fotografias dessa produção e às legendas que as acompanham – que a própria terá escrito num formato longo. Beyoncé não deu uma entrevista à revista, tal como já tinha acontecido em 2015, a última vez que apareceu na capa. A cantora tinha sido também capa em 2009 e 2013.

“A razão pela qual o profissional de 23 anos está a fotografar Beyoncé para a capa da Vogue é que Beyoncé usou o seu poder e e influência para lhe conseguir esse trabalho”, conta ainda uma outra fonte ao HuffPost.

Com base em Brooklyn, Tyler Mitchell começou a carreira a retratar a cultura jovem, moda e música de Atlanta (cidade onde nasceu) e Nova Iorque. Já trabalhou com publicações como a Teen Voguei-D e a própria Vogue americana e para marcas como Marc Jacobs, Givenchy e Nike, de acordo com o site do próprio.

O perfil de Tyler Mitchell está longe daquele que a Vogue costuma escolher para tratar as suas produções de capa, optando normalmente por nomes consagrados da indústria, como Patrick Demarchelier, Annie Leibovitz e Steven Meisel. Terry Richardson, Mario Testino e Bruce Weber também foram durante muitos anos alguns dos fotógrafos de eleição da revista, mas o grupo Condé Nast (que além da Vogue tem outras publicações como a VanityFair e a GQdeixou de trabalhar com estes, devido às várias alegações de assédio sexual feitas contra os mesmos. No caso de Richardson, a decisão veio mais cedo, em Outubro de 2017 – no seguimento do movimento #MeToo – e os outros dois foram afastados apenas no início deste ano. 

A edição de Setembro da Vogue é considerada a mais importante do ano – marcando a rentrée do mundo da moda – e até já deu o mote para um documentário lançado em 2009, sobre a forma como é organizada, The September Issue. No ano passado, marcou o 125.º aniversário da revista, com a actriz Jennifer Lawrence em quatro capas, feitas por quatro fotógrafos,  Annie Leibowitz, Bruce Weber e a dupla Inez e Vinoodh.

Rihanna na capa da Vogue britânica

A homónima britânica escolheu para a capa de Setembro outra das mais influentes cantoras do momento, Rihanna. "No que toca àquela mistura potente de moda e celebridade, ninguém o faz como Rihanna”, comenta o director da revista, Edward Enninful, no editorial. “Independentemente de quão haute é o styling ou experimental o tom, nunca se perde nas imagens. É sempre a Rihanna”, acrescenta.

O facto de Anna Wintour ter passado para as mãos de Beyoncé a capa da edição de Setembro, veio reacender os rumores já com vários anos – e que nos últimos meses atingiram um pico – de que conhecida e influente directora não ficará muito mais tempo à frente da revista que comanda há três décadas. A Condé Nast, da qual Wintour é também directora artística desde 2013, já veio desmentir os rumores. Anna Wintour “é parte integrante do futuro e da mudança da nossa empresa e concordou em trabalhar connosco indefinidamente no seu cargo de directora e directora artística da Condé Nast”, declarou Bob Sauerberg, presidente-executivo do grupo, em comunicado, publicado no Twitter.

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