Em Lisboa e Vale do Tejo mais 350 mil pessoas podem passar a ter médico de família

Se todas as vagas abertas em concurso que arranca nesta terça-feira forem preenchidas, mais de metade das pessoas que agora não têm médico de família em Lisboa e Vale do Tejo passam a ter clínico assistente nos centros de saúde.

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O Ministério da Saúde disponibiliza 1234 vagas para todo o país, das quais 378 para os cuidados de saúde primários e 856 para os hospitais Manuel Roberto

Cerca de 350 mil pessoas que vivem na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) vão passar a ter médico de família em breve, se as vagas agora abertas para a contratação de clínicos recém-especialistas ou de outros, sem vínculo ao Serviço Nacional de Saúde, forem todas preenchidas nos concursos que arrancam nesta terça-feira. As contas são feitas pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que lembra que, no total, há 195 vagas para médicos de família nos 15 agrupamentos de centros de saúde da região.

Cada novo médico ficará, assim, com uma lista de perto de 1800 utentes. Esta nova vaga de contratações ainda deixará a descoberto uma parte significativa dos habitantes de Lisboa e Vale do Tejo, que é a mais carenciada. Dos pouco mais de 500 médicos de família em falta a nível nacional no final do ano passado, quase quatro centenas de lugares localizavam-se em centros de saúde desta região.

Nos concursos para os cuidados de saúde primários, Lisboa e Vale do Tejo é, assim, a grande beneficiária, uma vez que fica com mais de mais de metade das vagas abertas a nível nacional. No Norte há  67 vagas para novos médicos de família, no Centro 62 e o Alentejo e o Algarve ficam com 27 lugares cada.

Na área metropolitana de Lisboa, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Sintra, o mais carenciado, tem um total de 24 lugares para preencher. Seguem-se o ACES Arrábida, com 20, e o ACES do Arco Ribeirinho, com 18 vagas. Em termos individuais, a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) S. Sebastião, do agrupamento de centros de saúde da Arrábida, é a que possui o maior número de vagas, nove. A seguir estão as UCSP Amadora (ACES Amadora) e Algueirão (ACES Sintra), com oito vagas cada, acompanhadas de perto pela UCSP Torres Vedras (sete).

A colocação dos 195 jovens médicos nos centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo terá “um impacto qualitativo significativo na vida de um número considerável de pessoas que só agora poderão usufruir do seu médico de família”, destaca o presidente da ARSLVT, Luís Pisco, em comunicado. Mas a maior parte das vagas abertas nos concursos que arrancam esta terça-feira são para especialidades hospitalares, 308 na área metropolitana de Lisboa, 58,7% do total dos lugares a preencher em todo o país, segundo a ARSLVT. 

O Ministério da Saúde disponibiliza 1234 vagas no SNS, em todo o país, das quais 378 para os cuidados de saúde primários e 856 para os hospitais (inclui 17 para Saúde Pública).

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