Ministério da Saúde admite rever atractivos para colocar médicos no Algarve

Região precisa de 67 médicos para reforçar serviços de saúde durante os meses de Verão, mas o modelo de mobilidade especial não está a ter eficácia.

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Secretário de Estado da Saúde Fernando Araújo Nuno Ferreira Santos

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, admitiu nesta segunda-feira, no Porto, que o Governo vai repensar a fórmula para atrair jovens médicos para o Algarve, depois do plano de mobilidade especial ter falhado.

O governante deu conta dessa intenção em declarações à margem da inauguração da Unidade de Cuidados Paliativos de Elevada Diferenciação do Centro Hospitalar São João, no Porto, depois de ter sido questionado sobre os resultados do despacho de mobilidade especial para o Algarve que até ao momento não conseguiu levar nenhum clínico para a região, como noticiado pelo PÚBLICO.

Com este despacho, o Ministério da Saúde pretendia reforçar o Algarve durante os meses verão, em que a população residente chega a triplicar graças ao turismo. De acordo com as necessidades apontadas pela Administração Regional de Saúde do Algarve, são precisos 67 médicos de várias especialidades como anestesiologia, medicina interna ou ortopedia.

"Vamos tentar, acima de tudo, voltar a olhar para a questão dos incentivos, da forma de reflexão e captação dos recursos", disse Fernando Araújo, lembrando que o Algarve é "uma área muito carenciada" onde houve "muita dificuldade ao longo dos últimos 10, 15 anos em conseguir captar e fixar" profissionais de saúde.

"Temos, portanto, de pensar muito bem em toda a forma de incentivos, de modo a alterá-los e torná-los atractivos para que jovens especialistas queiram iniciar um projecto de vida no Algarve", reforçou o secretário de Estado da Saúde.

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