Lucros da Galp sobem 63% para 251 milhões no segundo trimestre

A petrolífera beneficiou, nos resultados registados no segundo trimestre, de um crescimento da produção de petróleo e gás graças ao contributo do Brasil.

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Nuno Ferreira Santos

Os lucros da Galp subiram 63% no segundo trimestre do ano para os 251 milhões de euros, segundo os valores comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No documento, a Galp indica, contudo, que o resultado líquido de acordo com as normas contabilísticas internacionais (IFRS) foi de 330 milhões de euros.

A produção de petróleo e gás da Galp aumentou, no segundo trimestre do ano, 20% em termos homólogos, na sequência da entrada em operação, no ano passado, da unidade flutuante mais recente do pré-sal brasileiro.

Segundo os resultados do segundo trimestre do ano, o aumento da produção de petróleo e gás no Brasil, aliado à optimização da cadeia de abastecimento e a medidas de eficiência energética, permitiram que a Galp mantivesse no segundo trimestre o crescimento acelerado no sector 'Oil & Gas internacional'.

A produção média total (working interest) progrediu 20% para 108,1 mil barris diários quando comparado com o trimestre homólogo de 2017, devido à entrada em operação da 7.ª unidade do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) instalada no pré-sal da bacia de Santos (Brasil), que se encontra actualmente a produzir à sua capacidade máxima.

Já a produção líquida - após o pagamento de impostos em espécie aos países em que produz e que revertem integralmente para os resultados da Galp - aumentou 21% para 106,7 mil barris diários.

A produção deverá continuar a aumentar ao longo do próximo ano, com a entrada em operação prevista ainda para este ano de duas unidades de produção adicionais no Brasil, que acrescem ao início de produção do projecto Kaombo, em Angola, anunciado no final da semana passada.

O preço médio de venda de cada barril no mercado internacional foi de 63,8 dólares, o que representa cerca de 20 dólares a mais do que no período homólogo do ano anterior, reflectindo a valorização das cotações nos mercados internacionais.

As vendas de gás natural progrediram 10%, com contributos positivos tanto das vendas a clientes directos (+8%) como de operações de trading (+12%) nos mercados europeus. A actividade de comercialização de electricidade continuou a progredir favoravelmente, tendo aumentado cerca de 13%.

O investimento nos três meses totalizou 218 milhões, dos quais 81% foram alocados a actividades de Exploração & Produção. O cash flow gerado pelas actividades operacionais aumentou 13% para 604 milhões, suportado pela recuperação das cotações do petróleo e do gás, pelo aumento da produção e pela performance da refinação.

O free cash flow foi de 398 milhões antes do pagamento do dividendo final relativo ao exercício de 2017, saldando-se em 146 milhões após esse pagamento.

No final do semestre, a dívida líquida situava-se em 1737 milhões de euros, uma redução de 148 milhões de euros face ao final de Março de 2018.