Ricciardi: "Se acham que era presidente sombra, agora passarei a ser às claras"

José Maria Ricciardi é o nono candidato à presidência do Sporting e diz que vem para ganhar.

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José Maria Ricciardi NFS - Nuno Ferreira Santos

O banqueiro José Maria Ricciardi anunciou, neste domingo, numa entrevista na CMTV a sua candidatura à presidência do Sporting. Na opinião deste sócio "leonino", "nenhuma das candidaturas [até agora apresentadas] reúne as condições necessárias e suficientes" para assegurar a liderança do Sporting. Daí a sua decisão para avançar, considerando que tem "uma experiência bastante longa na banca e com tudo o que tem a ver com a actividade económica e financeira" e que reuniu "uma equipa muito coesa, muito forte, transversal" prometendo revelar os nomes proximamente.

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O banqueiro José Maria Ricciardi anunciou, neste domingo, numa entrevista na CMTV a sua candidatura à presidência do Sporting. Na opinião deste sócio "leonino", "nenhuma das candidaturas [até agora apresentadas] reúne as condições necessárias e suficientes" para assegurar a liderança do Sporting. Daí a sua decisão para avançar, considerando que tem "uma experiência bastante longa na banca e com tudo o que tem a ver com a actividade económica e financeira" e que reuniu "uma equipa muito coesa, muito forte, transversal" prometendo revelar os nomes proximamente.

"Decidi dar este passo para vencer. Venho para ganhar", declarou José Maria Ricciardi, que frisou não ter intenção de integrar nenhuma outra candidatura. E quando foi questionado sobre o seu apoio a Bruno de Carvalho e sobre a sua pretensa influência na gestão do clube ao longo dos últimos anos, Ricciardi foi frontal: "Apoiei o Bruno de Carvalho porque durante uma fase da sua presidência achei que estava a fazer um trabalho positivo e quando achei que ele estava a destruir esse trabalho, deixei de o apoiar. Sempre que apoiei alguém foi para ajudar o Sporting. Nunca pertenci a nenhuma direcção, nunca tive cargos e nunca fui presidente sombra. Nunca me intrometi em decisões internas no clube. Se acham que era um presidente sombra, agora passarei a ser às claras."

Sobra a forma como o clube e a SAD "leonina" serão geridas, Ricciardi deixou escapar as suas ideias. Na opinião do mais recente candidato à presidência dos "leões", a SAD terá "uma comissão executiva" independente do conselho de administração, sendo que o presidente da direcção do clube deverá ser o presidente do conselho de administração da SAD. Para além disto, Ricciardi garantiu que nunca permitirá "que a maioria da SAD deixe de pertencer ao Sporting Clube de Portugal e aos sócios".

Destacando o trabalho que Sousa Cintra tem feito, bem como o de Jaime Marta Soares, Ricciardi revelou ainda que caso seja eleito presidente do Sporting será remunerado. "Todos os que trabalharem a tempo inteiro no Sporting deverão receber de acordo com esse trabalho", afirmou.

Já sobre o facto de surgir colado a uma certa elite que, nos anos anteriores à chegada de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting dirigiu o clube e apelidada de croquete, Ricciardi foi taxativo: "Estou-me nas tintas para que me achem croquete." E acrescentou: "os últimos dois presidentes a conseguirem ser campeões foram croquetes, José Roquette e Dias da Cunha."

Nada impressionado com o elevado número de candidaturas às eleições marcadas para 8 de Setembro, que, com a sua já são nove - João Benedito, Dias Ferreira, Frederico Varandas, Pedro Madeira Rodrigues, Fernando Tavares Pereira, Zeferino Boal, Bruno de Carvalho e Carlos Vieira - José Maria Ricciardi considera que Bruno de Carvalho não tem legitimidade para se candidatar. "Houve 72% dos sócios numa Assembleia Geral há muito pouco tempo que votaram a destituição com justa causa", afirmou.

Quanto ao futebol, a única garantia avançada foi a continuidade de José Peseiro como treinador e sobre as modalidades prometeu ser racional: "Queremos continuar a ser ecléticos mas temos que compreender que o principal esforço terá que ser feito ao nível do futebol, que ganhou dois títulos nos últimos 30 anos."

Para o fim ficou a promessa de contribuir para um clima de pacificação do futebol português e o anúncio da intenção de "restabelecer todas as relações com todos os clubes, incluindo com o Benfica".