Viaturas encomendadas pela GNR chegaram sem potência para apagar fogos

Governo encomendou 80 veículos ligeiros para ser usado pelo GIPS, por 2,2 milhões de euros. Mas entre as primeiras 20 entregues havia carrinhas com motobombas desadequadas.

Foto
Paulo Pimenta

O caderno de encargos que esteve na base da encomenda das novas viaturas ligeiras para ser colocada ao serviço do GIPS – Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro, a unidade especializada da GNR que colabora no combate aos incêndios, não foi cumprido numa boa parte dos veículos. De acordo com o semanário Expresso, na primeira remessa de viaturas das 80 que foram encomendadas, havia carrinhas pick-ups cujas motobombas tinham uma potência inferior à recomendada e pedida.

Depois da cerimónia de entrega das primeiras 20 viaturas, das 80 encomendadas, a anomalia só foi detectada já quando elas circulavam nas mãos dos membros do GIPS. “As viaturas não podem ser utilizadas e foram recolhidas para se proceder à substituição das motobombas”, confirmou César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, citado pelo Expresso.

As viaturas não podem ser utilizadas por uma questão de segurança – como a potência é inferior à prevista, a água lançada pelas mangueiras não chega tão longe e obriga os militares a aproximarem-se da frente de combate.

As Viaturas Ligeiras de Combate a Incêndios (VLCI) são normalmente usadas para enfrentar incêndios ainda em fases iniciais, e transportam equipas com quatro militares. Na compra destas 80 VLCI, fornecidas por duas marcas de automóvel, o Ministério da Administração Interna investiu 2,2 milhões de euros.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários