Ser feliz em Copenhaga

A leitora Vânia Magalhães partilha a sua experiência na Dinamarca.

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Uma gravidez que pediu calma, um bebé mexido e exigente têm-nos afastado destas aventuras das viagens e por isso uma escapadinha europeia tem o sabor a destino exótico... e nunca antes me senti tão afortunada numa sexta-feira 13!

Escolhemos Copenhaga por estar aqui tão perto, nos parecer baby friendly e por permitir opções orgânicas e vegan; baby friendly pode dizer-se que sim, oferta biológica também, já vegan deixou a desejar. E dos preços da comida é melhor nem falar... Porém, foi mesmo o único ponto menos positivo e os supermercados em cada esquina deram uma ajuda no campo da alimentação.

Preparados para enfrentar o frio, deparámo-nos com uma temperatura amena e muito convidativa a calcorrear a pé pelas múltiplas atracções da cidade. E, sendo uma capital, a verdade é que os principais pontos de visita se conseguem conhecer caminhando.

Apesar de haver muito para ver e conhecer, não nos pareceu que museus fossem opção para um bebé de 19 meses. Ainda assim, resolvemos averiguar se “um dos mais bonitos museus do mundo” não era marketing exagerado. Louisiana merece a visita pela envolvente, pelo trajecto até lá e depois pelo museu em si com fantásticas exposições, com destaque para a combinação perfeita entre arte e natureza e, claro, pela descoberta de Picasso enquanto ceramista, ainda que numa exposição temporária.

Dica: vale a pena comprar o bilhete combinado de comboio mais entrada no museu.

Entretanto, ficou a vontade de visitar o museu do design dinamarquês mas encerra à segunda-feira, que foi quando passamos à porta. Lá teremos que voltar porque o designer cá de casa ficou inconsolável...

Mas porque a viagem não era só para nós, decidimos render-nos à magia das lojas Lego e desfrutar da experiência que proporcionam vendo a incrível oferta e brincando um bocadinho! Encontrámos ainda Legos no cantinho da criança da maior parte dos restaurantes visitados. Ficámos fascinados por ninguém os meter ao saco. Viva o civismo nórdico!

Ir a Copenhaga impõe uma ida ao Tivoli, que traz memórias de criança e lembra uma grande feira popular, que, mesmo sem desfrutar das múltiplas atracções, é por si só um local de magia e diversão para miúdos e graúdos.

Finalmente, pode parecer cliché mas é mesmo um must do, até porque também locais o fazem: viagem de barco pelos canais. Na verdade, começámos por aí e valeu a pena, pois estava um dia lindo e logo se fica com uma ideia geral da cidade e do que visitar. Além disso, foi a maneira de ver a Pequena Sereia, já que de outra forma não entendemos que merecesse a caminhada. Percebemos ainda por que o porto Nyhan é dos locais mais fotografados, pois é realmente fotogénico como nenhum outro local pelas cores e arquitectura.

Dica: há duas companhias a fazer os passeios de barco, mas uma delas é incrivelmente mais barata, é a que fica do lado direito do canal, não dá para errar.

Sobre o hygge não consigo tirar conclusões, não creio ter visto o povo mais feliz do mundo, nem descoberto o segredo, mas fui feliz em Copenhaga. Mais do que dos locais visitados, recordo uma cidade que dá gosto desfrutar, percorrendo ruas, parques, mercados...

Vânia Magalhães

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