DCIAP recusa afastar procuradores que investigam Manuel Pinho

"Amadeu Guerra mantém a confiança nos titulares do processo que investiga suspeitas de corrupção envolvendo Pinho, a EDP e o Grupo Espírito Santo", noticia o Expresso.

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O antigo ministro Manuel Pinho terá recebido pagamentos através de uma "offshore" sediada no Panamá Miguel Manso

O director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, recusou esta quarta-feira afastar os procuradores que estão a investigar as suspeitas de corrupção que envolvem a EDP, o Grupo Espírito Santo (GES) e o antigo ministro da Economia, Manuel Pinho. A defesa do antigo governante tinha suscitado um incidente de recusa. A notícia é avançada pelo Expresso.

"O advogado do antigo ministro da Economia pediu o afastamento dos procuradores Carlos Casimiro [Nunes] e Hugo Neto, mas o director do DCIAP, Amadeu Guerra, mantém a confiança nos titulares do processo que investiga suspeitas de corrupção envolvendo Pinho, a EDP e o Grupo Espírito Santo", refere o semanário.

Sempre que é suscitado um pedido deste género, os magistrados em causa ficam impedidos de realizar qualquer tipo de diligência no processo. Neste caso, impedia a realização de um interrogatório a Manuel Pinho que estava agendado para 17 de Julho

Em Julho de 2017, o antigo ministro da Economia foi constituído arguido, mas, em Maio, o juiz de instrução Ivo Rosa declarou nula essa diligência, o que suscitou um recurso apresentado pelos procuradores no Tribunal da Relação de Lisboa. Ainda se aguarda pela decisão dessa instância superior.

A 19 de Abril, o Observador noticiou que Manuel Pinho teria recebido cerca de um milhão de euros? de uma empresa do GES, entre 2006 e 2012. Os pagamentos terão sido realizados pela Espírito Santo Enterprises a uma offshore de Manuel Pinho, chamada Tartaruga Foundation, com sede no Panamá.

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