Japão executa os últimos autores do ataque com sarin no metro de Tóquio

No ataque de 1995 foi usado o químico neurotóxico sarin, que matou 13 pessoas. Membros de seita foram condenados à pena de morte.

Os membros da seita com o seu mentor Shoko  Asahara (ao centro)
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Os membros da seita com o seu mentor Shoko Asahara (ao centro) LUSA/HO
A ministra da Justiça japonesa recordou a violência do crime
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A ministra da Justiça japonesa recordou a violência do crime Reuters/KIM KYUNG-HOON

As autoridades japonesas executaram nesta quinta-feira os últimos seis membros da seita japonesa que em 1995 realizou um ataque no metro de Tóquio com gás sarin. O ataque matou 13 pessoas e fez quase seis mil feridos.

A execução foi confirmada pelo Governo japonês. No início deste mês, o Japão já tinha executado, por enforcamento, parte do grupo e o seu líder Shoko  Asahara, responsável pelo planeamento do ataque.

O grupo que tinha 13 membros pertencia à Aum Shinrikyo (Verdade Suprema), uma seita japonesa precursora de um culto apocalíptico, criada por Shoko Asahara em 1987. Pretendia derrubar o Governo com recurso a armas químicas e biológicas.

A seita foi responsável pela morte de 27 pessoas. O ataque no metro de Tóquio aconteceu numa das horas mais movimentadas do dia. Grande parte das vítimas ficou com ferimentos permanentes devido ao gás sarin, uma potente substância neurotóxica desenvolvida como insecticida na década de 1930, na Alemanha.

O gás actua sobre o sistema nervoso e interfere com as mensagens dos neurónios para os músculos (através dos neurotransmissores), causando uma intoxicação severa, contracção de órgãos e morte por asfixia.

“Foi um crime sem precedentes que não pode voltar a acontecer e que aterrorizou não só as pessoas no Japão, mas que chocou a sociedade a nível mundial”, declarou a ministra da Justiça japonesa, Yoko Kamikawa, durante a conferência de imprensa do Governo. A ministra lembrou o terror vivido pela população após o ataque e a sensação de insegurança no espaço público que permaneceu. 

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