RPMM: um festival de música electrónica com “o poder do sol”

Com centro de operações na Alfândega, no RPMM dança-se a partir do meio-dia. Festival de música electrónica decorre a 28 e 29 de Julho, no Porto.

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Vem aí uma "experiência underground surrealista". Preparados? Vários espaços do Porto vão receber, nos dias 28 e 29 de Julho, mais de 50 nomes da música electrónica na primeira edição do festival RPMM. E, promete a organização, será um evento com contornos de outro mundo. 

Com o centro de operações instalado na Alfândega do Porto e vista privilegiada para o Douro, é um festival assumidamente dedicado à música house e techno. E sem complexos: ao contrário da maioria dos eventos semelhantes, no RPMM (acrónimo de Representing People Music Movement) começa-se a dançar ao meio-dia e só se pára já de madrugada. "A música electrónica não tem de ser associada a sítios fechados, armazéns e pessoas pastilhadas", sublinha Mário Matos, da organização. "Pode ser uma experiência musical que eleva o espírito e abre a mente. E durante o dia ainda é melhor, tens o poder do sol contigo."

Emigrado em Londres desde 1995, Mário, um dos responsáveis pela promotora You Are We, quer assim trazer para Portugal um pouco da cultura clubbing que encontra na capital inglesa, mas também em Berlim, onde aliás a semente do RPMM começou a ser germinada. Um acaso feliz: saído do Berghain, começou a falar em inglês com um casal que, veio a perceber mais tarde, também era português. E juntos começaram a magicar formas de levar a "cultura tutti frutti" berlinense para Portugal. E, pelo meio, "promover o som e o talento português com a vibe internacional", fomentando sinergias entre talento local e global. 

Indo ao que verdadeiramente interessa, a programação, cabe a Jonny TV, que aqui assume as rédeas da direcção criativa, transformar o RPMM numa "experiência sensorial". O que esperar? Não se levanta o pano, mas diga-se que no seu currículo enquanto artista visual tem nomes como Chemical Brothers, Rolling Stones e Primal Scream.

Na música, os destaques vão para Guy Gerber, Âme, Barac, Damian Lazarus & The Ancient Moons, Matthew Dear (live act), Jackmaster b2b Jasper James e Francesca Lombardo. E também há "bons artistas portugueses", como é o caso de Rui Vargas, Photonz, Violet, Switchdance, Heartbreakerz e Su M. "Queremos fazer um cartaz ecléctico e desafiador", diz Mário, que promete uma "experiência nova para o público", com centro "completamente histórico", como é a Alfândega do Porto, que acolhe três palcos.

De madrugada, porém, a música extravasa a base e há festas noutros espaços da cidade entre a meia-noite e as 6h. No sábado, o Cais Novo acolhe, a 28, a festa de décimo aniversário da editora N19, a produtora britânica Half Baked instala-se na Indústria e no Gare quem manda é a Ibiza Voice. A maratona electrónica termina no domingo, ou antes madrugada de segunda, também no Cais Novo. Para os portadores de bilhetes VIP há uma festa de antecipação, a 27 de Julho, na Quinta de Santo António. 

Os bilhetes diários custam 45 euros e o passe de dois dias 75 e a programação completa (com os horários) pode ser consultada aqui. E para o ano, há mais? Pelo menos "durante dez anos", deseja Mário. A ver se os desejos se tornam realidade.

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