Sporting faz as pazes com as claques

Torres Pereira, presidente da Comissão de Gestão, assegurou que as coisas estão diferentes: “O Sporting de hoje não é o mesmo de há um mês”

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A conferência de imprensa no Sporting LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

A poucos dias da apresentação da equipa de futebol aos sócios “leoninos” – depois de amanhã, frente ao Marselha – o presidente da Comissão de Gestão (CG) do Sporting, Torres Pereira, e da Sociedade Anónima Desportiva (SAD), Sousa Cintra sentaram-se à mesma mesa com os líderes das quatro claques do clube (Juventude Leonina, Directivo Ultras XXI, Torcida Verde e Brigada) e promoveram uma conferência de imprensa para mostrar que as coisas mudaram.

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A poucos dias da apresentação da equipa de futebol aos sócios “leoninos” – depois de amanhã, frente ao Marselha – o presidente da Comissão de Gestão (CG) do Sporting, Torres Pereira, e da Sociedade Anónima Desportiva (SAD), Sousa Cintra sentaram-se à mesma mesa com os líderes das quatro claques do clube (Juventude Leonina, Directivo Ultras XXI, Torcida Verde e Brigada) e promoveram uma conferência de imprensa para mostrar que as coisas mudaram.

“O Sporting de hoje já não é o mesmo de há um mês atrás. O ‘leão’ sarou as suas feridas rapidamente, está revigorado, forte e vai prová-lo assumindo os seus princípios fundacionais, competindo para derrotar os seus rivais no futebol e modalidades”, declarou Torres Pereira.

Longe vão os tempos em que os discursos dos dirigentes apontavam o dedo ao comportamento da Juve Leo, a claque mais representativa do clube e que teve vários dos seus elementos directamente envolvidos no ataque aos jogadores e equipa técnica “leoninas” na academia do clube, em Alcochete. O apoio do clube à claque chegou mesmo a estar suspenso. Mas agora o clima que se vive é outro.

“A CG do Sporting e o conselho de Administração da SAD, em conjunto com os representantes dos quatro grupos organizados de adeptos, partilham com o país o espírito de unidade e coesão entre os adeptos e dirigentes do Sporting. Os grupos organizados de adeptos fazem parte da história e do património deste clube. Acompanham todos os passos da sua vida com intensa paixão, com esforço, dedicação e devoção. São uma referência de cor, animação e entusiasmo naquela curva de Alvalade, uma referência incontornável do imaginário sportinguista”, declarou ontem o líder da CG.

As críticas, agora, são dirigidas para o exterior, nomeadamente para o outro lado da Segunda Circular: “Os grupos têm formalizado com o clube um protocolo que os identifica. Os direitos e deveres de cada uma das partes estão legalizados junto do Instituto Português de Desporto e Juventude e funcionam às claras, ao contrário do que acontece com o Benfica, que não teve, não tem e duvidamos que alguma vez terá a decência de legalizar e responsabilizar os seus próprios grupos organizados de adeptos", afirmou Torres Pereira.

Sousa Cintra não vai a eleições

À margem da conferência de imprensa houve tempo para Sousa Cintra garantir que não está a pensar candidatar-se à presidência do Sporting nem sequer integrar qualquer lista concorrente ao acto eleitoral de 9 de Setembro. "Não sou candidato, estou a fazer o melhor possível, mas penso que estamos a fazer um bom trabalho, a arrumar a casa. Agora, não me vou pronunciar sobre as candidaturas. Não vou sequer apoiar este ou aquele candidato. Quero é que a campanha corra com elevação, que prestigie o Sporting. Estou à disposição de todas as candidaturas para prestar informações", referiu à margem de uma conferência de Imprensa conjunta com as claques do clube.

Quanto à polémica em torno da tentativa de um grupo de sócios de agendar a realização de uma Assembleia Geral na qual os sócios se pronunciem em relação à possibilidade de todas as candidaturas às eleições de 8 de Setembro já anunciadas poderem ir a votos, incluindo as de Bruno de Carvalho e Carlos Vieira (actualmente suspensos de sócios), Torres Pereira empurrou para o presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting [Jaime Marta Soares] a decisão. O presidente da CG limitou-se a dizer que "as candidaturas conhecem as regras do jogo e compete-lhes obedecer".