A lama e o sal de Aveiro são os ingredientes de uma linha de cosméticos

A Cale do Oiro, detentora do spa salínico, lançou este domingo três produtos de beleza totalmente naturais.

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Solange Magalhães e Fernando Catarino Adriano Miranda
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Os sabonetes já são um sucesso, garante a marca Adriano Miranda
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Fruto da sua profissão e também da sua curiosidade, Solange Magalhães há muito que começou a produzir o seu próprio gel de banho e detergentes para a louça e roupa. Foi, assim, com toda a naturalidade que a química assumiu o desafio de ajudar a empresa aveirense Cale do Oiro a desenvolver alguns produtos de beleza a partir do sal que é produzido na sua marinha (Grã Caravela). Primeiro, nasceram os sabonetes e sais de banho – estão no mercado há já alguns anos. Agora, a marca vai lançar uma água micelar, um creme hidratante e um exfoliante (à base de lamas) para o rosto e corpo. Tudo 100% natural, garantem os responsáveis.

Estes novos produtos – foram apresentados publicamente este domingo, na salina da marca –, resultam de um trabalho de investigação e testes “de cerca de um ano e meio, dois anos”, calcula Solange Magalhães. Com esta garantia: nenhum foi testado em animais e não têm químicos. “Somente aquilo que a natureza nos dá, ou seja, sal e lamas retiradas da própria salina, e aos quais se juntaram óleos essenciais”, garante.

No caso concreto do sal de Aveiro, as qualidades são “muitas e já estão comprovadas”, vinca a química. “É rico em iodo, que é um excelente cicatrizante, também em sais divalentes (cálcio e magnésio), que ajudam na circulação sanguínea, tratamento da celulite, dermatites e também da psoríase”, especifica Solange Magalhães. “Este sal é um bem precioso e o que estamos a fazer é apenas tentar dar-lhe valor”, acrescenta, ao mesmo tempo que dá os exemplos do Mar Morto, em Israel, e da Lagoa Azul, na Islândia. “Por que não fazer o mesmo com a nossa água e o nosso sal?”, pergunta.

Confirmado o sucesso dos sabonetes e sais de banho, a marca aveirense tem perspectivas optimistas quanto a estes novos produtos. Por ora, vão estar à venda apenas na marinha Grã Caravela mas, em breve, “começarão a chegar a outras lojas da região e do país”, refere Fernando Catarino, gerente da Cale do Oiro. “É uma linha quem tem tudo para ter sucesso e, inclusive, ser vendida para o estrangeiro, como acontece já com os sabonetes”, estima o empresário, que não esconde o desejo de lançar outros produtos. Solange Magalhães já definiu as prioridades e promete centrar atenções em outros produtos dermatológicos “específicos para cada tipo de pele”, bem como “numa linha de banho”.

Um spa a céu aberto

A marca Cale do Oiro conta já com alguma experiência nessa aposta de colocar o sal e as lamas das salinas ao serviço da beleza e da saúde. Em Agosto de 2016, decidiu criar um spa salínico, que assenta num espaço para banhos – com água da própria salina mas uma dose extra de sal -, e uma área para massagens de tratamento e relaxamento. O espaço só abre durante o Verão mas são cada vez mais os que o procuram simplesmente para relaxar ou tratar problemas de pele.

Com o lançamento destes novos produtos, as propostas ali apresentadas (massagem simples de relaxamento com água de salmoura, massagem de pedras quentes com água salgada, ou o tratamento de assinatura, o Ritual Salinas) passam, também, a sofrer “um upgrade”, conforme vinca a técnica de spa, Teresa Estêvão. “Já trabalhava com o sal, a flor de sal e água salgada nas massagens e exfoliação. Agora, terminar com estes cremes é a cereja no topo do bolo”, avalia.

Apresentados em boiões e frascos de metal, com rótulos discretos, os novos produtos cosméticos vão ser vendidos ao público por um preço que varia entre os cinco euros (água micelar) e os 12 euros (esfoliante).

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