Matrículas: plataforma informática continua com problemas

Directores das escolas estão a aconselhar pais a levarem todos os dados necessários em papel.

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Plataforma informática "funciona a carvão", critica director Paulo Pimenta

A plataforma informática para as matrículas dos alunos está com problemas, o que levou muitas escolas a optar por receber os processos em papel, que só posteriormente são introduzidos no portal.

Segundo Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), muitos funcionários estão a fazer horas extraordinárias para conseguir tratar das matrículas dos alunos, já que o Portal das Escolas está sempre a ir abaixo e muitos directores optaram por pedir aos pais para entregarem as inscrições em papel.

"Os assistentes técnicos estão exaustos, porque têm de permanecer muito mais tempo nas escolas", alertou.

Filinto Lima reconheceu que a plataforma é "um instrumento muito importante" para as escolas, mas "nunca funcionou bem". "Agora, no pico das matrículas, ainda é pior", sublinhou, comparando a situação que se está a viver nas escolas com a que as famílias atravessam quando decidem entregar a declaração de IRS apenas no último dia.

Além da plataforma "funcionar a carvão", as escolas têm uma "fraca qualidade da rede wifi", o que agrava a situação, criticou o presidente da ANDAEP, defendendo a necessidade de reforçar a capacidade do portal.

No entanto, este não é o único problema das escolas: a greve às avaliações faz com que muitos alunos continuem sem saber se passaram de ano.

Filinto Lima acredita que até ao final do mês serão poucas as turmas sem notas atribuídas, mas, "mesmo que seja só uma turma, o Ministério da Educação tem de explicar às escolas o que devem fazer".

Entre as dúvidas dos directores está saber-se se poderão ou não marcar reuniões para atribuir as notas em Agosto, quando os professores já estão de férias: "Não sei até que ponto podemos interromper as férias dos professores", disse, acrescentando que, caso não seja legal, é preciso saber-se de que forma se irá resolver a situação dos alunos sem notas atribuídas.

O Sindicato de Todos os Professores (Stop) mantém a greve às avaliações até ao final do mês.

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