Câmara de Lisboa prepara mudanças nas refeições escolares

Uma das medidas será terminar com as refeições de catering em embalagens de plástico.

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Nelson Garrido

A Câmara Municipal de Lisboa quer garantir a qualidade das refeições servidas nas escolas e jardins-de-infância da cidade. Com esse fim, foi assinado esta quinta-feira pelo vereador da autarquia com o pelouro da Educação e dos Direitos Sociais, Ricardo Robles, um protocolo sobre as refeições escolares que inclui medidas que irão mudar a forma como a alimentação é distribuída a crianças e jovens. 

O protocolo, assinado na Escola Básica Sarah Afonso, nos Olivais, tem como primeiro objectivo — a entrará em vigor já no próximo ano lectivo — terminar com as refeições a catering que desperdiçam grandes quantidades de plástico diariamente. Segundo Ricardo Robles, esta acção permitirá também uma “poupança de cerca de 50 toneladas anuais de plástico, reduzindo também a pegada ecológica do município”.

“O segundo objectivo, a implementar até ao fim do próximo ano lectivo, é ambicioso, mas queremos garantir que em todas as escolas do primeiro ciclo e do jardim-de-infância existam refeições de confecção local, cozinhadas no próprio dia, com produtos frescos e evitar processamento industrial de alguns dos fornecedores”, explica o vereador.

Depois de assinado o protocolo, Rute Lima, presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, destacou o papel da escola como motor para promover uma alimentação saudável. “É na escola que as crianças passam um elevado número de horas, que ingerem uma parte considerável dos seus alimentos diários, e deve ser também na escola que se deve capacitar as crianças e jovens para a tomada de decisões saudáveis ao nível da alimentação.”  

Tanto o plano a implementar bem como as medidas do protocolo agora assinado tem como colaboradores associações nacionais e internacionais como a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), a Associação Portuguesa de Nutrição, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, a Direcção-Geral da Educação, a Direcção-Geral da Saúde, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Numa cidade onde se servem 18 mil refeições por dia a crianças, o Plano Municipal de Refeições Saudáveis da Cidade de Lisboa pretende “ensinar os futuros adultos a comer correctamente”, remata Rute Lima. 

Texto editado por Ana Fernandes

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