Europeu de sub-19: Portugal cede à eficácia italiana

Selecção nacional lutou com menos um elemento desde os 9 minutos, mas acabou traída pelo pragmatismo do adversário.

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Portugal perdeu esta quinta-feira, por 3-2, frente à Itália, em partida da segunda ronda do Grupo A do Campeonato da Europa de sub-19, disputado no Estádio Hietalahti, em Vaas, na Finlândia.

Miguel Luís (69') e Domingos Quina (89') assinaram os golos lusos perante uma Itália eficaz, que actuou em superioridade numérica desde os 9 minutos, e que assim assume a liderança do grupo, com Portugal e Noruega a disputarem a vice-liderança, ambos com três pontos.

Portugal entrou autoritário, a pressionar alto, decidido a travar qualquer iniciativa dos italianos, adversário imponente no plano físico, mas desprovido de imaginação e sem capacidade de improviso.

Porém, num lançamento em profundidade, o possante Moise Kean ganhou a frente a Diogo Queirós, forçando o central a recorrer à falta, mesmo à entrada da área, para impedir que o adversário batesse Diogo Costa. 

Com apenas 9 minutos decorridos, Portugal ficava reduzido a dez unidades, obrigando o seleccionador Hélio Sousa a sacrificar João Filipe, que se assumia como principal desestabilizador da defesa transalpina.

Com esta alteração, Portugal começava a pensar no empate, resultado que garantia o terceiro lugar, já que a Finlândia perdera instantes antes com a Noruega, e o acesso ao play-off. De resto, depois da vitória norueguesa (primeira vítima de Portugal neste europeu), só a terceira jornada do Grupo A permitiria definir o apuramento para as meias-finais.

Com José Gomes sozinho na frente, Portugal baixava o bloco e fortalecia a união perante uma Itália mecanizada e rotinada num jogo de transição que também não beneficiava muito com o recuo do opositor. Mesmo com mais um jogador em campo, a Itália apenas por uma vez, num livre, ameaçou marcar, com Kean a antecipar-se e a bater Diogo Costa, bem dobrado por Romain Correia já sobre a linha.

Aos poucos, Portugal mostrava que poderia aspirar a mais do que uma igualdade. E esse terá sido o seu maior equívoco. A abordagem no arranque de segunda parte foi o convite que os italianos esperavam ansiosamente. E, depois de um pequeno aviso, o golo de Capone (52') surgiu na sequência de um ataque rápido, pela esquerda, com processos simples que apanharam Portugal descompensado. Sem o justificar, a Itália garantia a vantagem que lhe permitia refinar o pragmatismo.

Mas Portugal estava determinado e haveria de igualar, por Miguel Luís (69'), num cabeceamento após assistência de Thierry Correia. Com a relação de forças aparentemente equilibrada, a Itália acabaria por resolver o encontro com uma eficácia terrível, traduzida nos dois golos de Scamacca (78') e Frattesi (84'). 

Domingos Quina (89') ainda reduziu, com um grande pontapé de fora da área, mas já não havia tempo nem capacidade física para evitar a derrota que deixa a Itália no comando do grupo.

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