Comissão Europeia recebeu 426 novas queixas sobre lojas portuguesas online desde Abril

A facilidade em registar os problemas com lojas de compras online na plataforma da ODR também aumenta a probabilidade das pessoas continuarem a fazer compras na Internet.

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A maioria das novas queixas vem de Portugal, França e Espanha. NELSON GARRIDO / PUBLICO

O número de queixas sobre lojas portuguesas online no site da Comissão Europeia aumentou 38,7% desde Abril: equivale a 426 novas queixas recebidas em três meses. Os dados foram compilados pela plataforma de resolução de conflitos, ODR (sigla inglesa para Online Dispute Resolution), que foi lançada em 2016 para tentar resolver problemas sobre o comércio online sem a intervenção dos tribunais. O objectivo é que os comerciantes possam propor uma solução directamente ao cliente, ou recorrer a uma das 350 de entidades europeias especializadas na resolução deste tipo de conflitos.

Desde que foi lançada, foram feitas 1526 queixas sobre os serviços portugueses, com os consumidores portugueses a apresentar a maioria das críticas, seguidos dos consumidores franceses e dos consumidores espanhóis. A Comissão Europeia vê o uso da plataforma como positivo, com o aumento dos valores a mostrar que mais pessoas estão a aprender sobre o serviço. “[A plataforma] garante transparência, e assegura que o comerciante e o cliente são parceiros de conversação durante todo o processo de resolução do problema”, lê-se num comunicado a acompanhar a actualização dos valores. 

Em Portugal, as pessoas também estão a aumentar o número de queixas que apresentam no site da Comissão Europeia, com 23,6% de novos problemas registados desde Abril. Empresas portuguesas, espanholas e britânicas são as que recebem as maiores queixas dos portugueses.

Sofia Colares Alves, chefe da representação da Comissão Europeia em Portugal, diz que o objectivo da plataforma é tornar o comércio online “mais seguro e justo”. A facilidade em registar os problemas com lojas de compras online na plataforma da ODR também aumenta a probabilidade das pessoas continuarem a fazer compras na Internet.

A nível europeu, as companhias aéreas são o sector com uma maior percentagem de queixas, seguindo-se lojas de roupa online, e sites de tecnologia de informação e comunicação.

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