Mulher russa com ligações à NRA detida nos EUA por suspeitas de espionagem

Informação é revelada horas depois da cimeira de Helsínquia entre Donald Trump e Vladimir Putin, com o líder russo a garantir novamente que não interferiu nas eleições norte-americanas de 2016.

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O Departamento de Justiça, em Washington, revelou o caso Reuters/LEAH MILLIS

Uma mulher russa, de 29 anos, foi detida no domingo e presente a um juiz em Washington nesta segunda-feira, por suspeitas de espionagem para o Governo russo. 

Maria Butina, residente em Washington, é acusada de conspiração por "desenvolver relacionamentos com cidadãos dos EUA e organizações infiltradas que têm influência na política americana, com o propósito de promover os interesses da Federação Russa", anunciou em comunicado o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

As autoridades americanas suspeitam que a mulher actuava como uma agente secreta da Federação Russa, ao tentar influenciar as tomadas de decisão e as políticas norte-americanas de acordo com os interesses russos. Escreve o diário New York Times que Butina tentou intermediar dois encontros secretos entre Donald Trump e o Presidente russo Vladimir Putin durante a campanha presidencial de 2016 nos EUA.

Butina é uma activista pró-armas, afiliada à National Rifle Association (NRA,? um influente grupo defensor do acesso às armas nos Estados Unidos). O diário britânico Guardian avança que a russa é próxima de Alexander Torshin, ex-director do Banco Central russo que foi sancionado, em Abril, pelo departamento do Tesouro dos EUA.

As acusações chegam algumas horas depois da cimeira de Helsínquia (Finlândia) entre Putin e Trump, na qual o líder russo voltou a negar qualquer interferência nas eleições norte-americanas de 2016.

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