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Uma situação "provisória" com 13 anos impossibilita um casal de dormir na própria casa

Manuel Roberto
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Albino Borges e Claudemira Oliveira, casados há 44 anos, vivem numa casa onde não dormem há quase 13 anos. Não é por opção. Desde 2005, quando o morro de Monte Xisto, em Guifões, Matosinhos, sofreu uma derrocada foram realojados “provisoriamente” pela autarquia no bairro camarário de Gatões, a aproximadamente 2 quilómetros do lar onde residiam/residem desde que casaram. Desde então, só usam a morada “temporária” para dormir. Todos os dias voltam à casa e ao bairro onde viveram durante mais de metade das suas vidas. É ali que têm as raízes e dali não querem sair. Aceitariam uma solução que passasse por se manterem em Monte Xisto, mesmo que fossem para outra casa.

Em 2014, o arquitecto Paulo Moreira desenhou um projecto que resolveria a situação do casal e requalificaria o bairro. Em 2016 foi adjudicado pela autarquia. Hoje a câmara diz que o projecto fica na gaveta. Albino e Claudemira vão continuar a dormir em Gatões. Aos 73 anos, o marido diz que estão à espera que morram.

Texto de André Vieira
 

Manuel Roberto
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