Como é que as crianças foram encontradas na gruta? Pelo cheiro

Mergulhador britânico revela à BBC pormenores do momento em que encontraram os rapazes que estavam encurralados. Devem ter alta hospitalar na quinta-feira.

Medicina, Pesquisa
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Um dos 12 rapazes que estão internados LUSA/PUBLIC HEALTH MINISTRY / HANDOUT
Clínica, tecnólogo cirúrgico, sala de cirurgia
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A equipa e o treinador devem ter alta na quinta-feira LUSA/PUBLIC HEALTH MINISTRY / HANDOUT
Tham Luang
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Gratos pelo apoio mundial e a recuperar bem LUSA/PUBLIC HEALTH MINISTRY / HANDOUT
Arte
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Mural de artistas tailandeses para perpertuar a memória desta operação de salvamento Reuters/TYRONE SIU
Hospital, Enfermagem, Pesquisa Biomédica, Cuidados com a Saúde, Cientista Biomédica, Pesquisa
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Caligrafia
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Desenho feito por um dos jovens que estiveram encurralados durante 17 dias na gruta LUSA/PUBLIC HEALTH MINISTRY / HANDOUT
Hospital de Chiangrai Prachanukroh, Hospital
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Cuidados de saúde
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Voluntários na zona da gruta para fazerem a limpeza do local Reuters/TYRONE SIU

Um dos mergulhadores britânicos que encontrou as 12 crianças presas no interior da gruta tailandesa de Tham Luang revelou que foi pelo cheiro que as conseguiram detectar. “O nosso método foi nadar ao longo das passagens debaixo de água, emergir à superfície quando havia bolsas de ar, gritávamos e também cheirávamos. Neste caso cheirámos as crianças antes de as ver ou ouvir”, contou à BBC John Volanthen. Os 12 jovens e um adulto que permaneceram 17 dias debaixo de terra estão num hospital desde que foram salvos, mas devem ter alta na próxima quinta-feira, revelou o ministro da Saúde da Tailândia. 

O mergulhador, que fazia parte de uma equipa britânica de salvamento, conta como encontraram os jovens, membros de uma equipa de futebol juvenil, e o treinador deles, que estavam encurralados na gruta há nove dias. “Alguma imprensa refere que foi sorte. Eu diria que não foi o caso”, diz John Volanthen. O programa BBC Points West disponibilizou as imagens e o som do momento em que as crianças foram descobertas com vida. Um dos mergulhadores pergunta “quantos são vocês” e uma voz responde “Treze”.

As imagens mostram os rapazes a sorrir abertamente. “Nessa altura estavam satisfeitos. Tentámos dar-lhes ânimo. Não tínhamos comida para lhes dar, tínhamos luzes”, conta.

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Mural que está a ser pintado para perpetuar a memória desta missão de salvamento Reuters / Tyrone Siu

O mergulhador revela que a fraca visibilidade debaixo de água e o frio eram alguns dos problemas que as equipas de salvamento enfrentavam naquela altura. Outros membros das equipas de resgate, que participaram depois na retirada dos rapazes e do treinador, contam mais pormenores de preparação da operação.

Richard Harris, um médico australiano que ficou com o grupo dentro da gruta durante três dias, diz nunca ter visto um esforço humano tão grande para “lutar contra as forças da natureza das águas das monções”.

No Facebook, Richard Harris descreve que a decisão de retirar as crianças com equipamento de mergulho era vista como difícil e perigosa, mas que a intensidade das chuvas e as condições em que se encontravam os rapazes não permitiam outras opções.

“A decisão de ajudar as crianças a nadar foi tomada e o salvamento avançou. A pressão que foi colocada [nos mergulhadores] era imensa e eles não falharam um segundo”, escreveu o médico, descrevendo ainda os esforços dos tailandeses e da comunidade internacional para apoiar as equipas de resgate.

Joana Pereira
João Rodrigues
Gisela Luz
Delfina Casalderrey
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Joana Pereira

No terreno, esse apoio incluiu o fornecimento de alimentação e comunicações bem como de "toneladas e toneladas" de equipamento para tentar baixar o nível das águas e permitir as operações de mergulho. 

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