Detidos seis suspeitos de associação criminosa e clonagem de cartões de crédito

Foram detidos em flagrante delito. Instalavam aparelhos próprios para a manipulação das caixas ATM com o objectivo de efectuar a leitura da banda magnética dos cartões utilizados.

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Fabio Augusto

Seis estrangeiros foram detidos nesta sexta-feira por alegada prática de associação criminosa, contrafacção de cartões de crédito/débito e burla e falsidade informática em várias cidades da Área Metropolitana do Porto (AMP), anunciou a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, a PJ refere que os indivíduos, com idades entre os 25 e os 43 anos, foram identificados e detidos em flagrante delito.

"Os suspeitos, pelo menos desde o passado mês de Maio, vinham a fabricar e a instalar aparelhos próprios para a manipulação das caixas ATM com o objectivo de efectuar a leitura da banda magnética dos cartões de crédito/débito ali utilizados, bem como efectuavam, através de registo vídeo, a gravação dos códigos dos referidos cartões", escreve a polícia, adiantando que "os dispositivos utilizados eram de grande qualidade não sendo perceptíveis para quem utilizava as caixas de Multibanco.

Depois de obter os dados, os mesmos eram clonados em cartões brancos, que "eram posteriormente utilizados pelos suspeitos em proveito próprio, adquirindo bens e serviços", explica a PJ, acrescentando que, apesar de ainda não estar calculado o valor da burla, estima-se que esta tenha atingido "várias dezenas de milhar de euros, lesando quer os titulares dos cartões, quer as entidades bancárias".

No âmbito da operação, que foi realizada pela Diretoria do Norte da PJ após uma investigação que teve início em Maio, foi apreendido "diverso material passível de ser utilizado na fabricação de todas as peças necessárias para tais dispositivos", cem cartões brancos, "uns ainda sem clonagem e outros já clonados", material informático para a leitura e clonagem dos cartões e "dezenas de milhares de euros".

Os detidos vão ser presentes nesta sexta-feira à autoridade judiciária para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coacção tidas por adequadas.

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