Ruben Semedo pode sair da prisão após pagar fiança

Futebolista do Villareal estava em prisão preventiva desde 22 de Fevereiro, por suspeita de diversos crimes, incluindo sequestro e tentativa de homicídio. Pagará uma fiança de 30 mil euros, diz imprensa espanhola.

Foto
LUSA/MANUEL BRUQUE

O futebolista português Ruben Semedo, jogador do Villareal, em Espanha, poderá sair em liberdade nos próximos dias, depois de pagar uma fiança de 30.000 mil euros. Detido preventivamente desde 22 de Fevereiro, Semedo é suspeito de tentativa de homicídio, sequestro, agressão e posse de ama ilegal, entre outros crimes.

De acordo com a imprensa espanhola, o central do Villareal – que está suspenso e sem salário enquanto a situação jurídica não se resolve – deverá ainda cumprir uma série de requisitos, além da fiança, como manter-se a pelo menos 300 metros de distância da alegada vítima e a apresentações semanais às autoridades.

O jogador tem um novo representante jurídico, um advogado de Valência e só deverá deixar a prisão depois de confirmada a transferência do montante estipulado para a fiança.

Rúben Semedo foi detido, no dia 22 Fevereiro, depois das autoridades espanholas terem recebido uma queixa, na qual Rúben Semedo e mais dois homens eram acusados de sequestro, agressões, ameaças, tentativa de roubo e posse ilegal de armas.

Segundo a imprensa espanhola, o sequestro e as agressões ocorreram no interior de um condomínio de luxo em Bétera, onde o jogador vivia e dava festas privadas, com várias pessoas a entrarem e a saírem. A alegada vítima terá apresentado queixa numa esquadra em Valência afirmando que tinha sido agredida, roubada e impedida de sair da casa pelo jogador e por mais dois homens.

A vítima terá garantido, ainda, que os homens lhe roubaram as chaves da sua casa, onde entraram para retirar dinheiro juntamente com mais alguns bens. A vítima assegurou que foram disparados dois tiros como forma de coacção.

Para além deste crime, Ruben Semedo já teria tido problemas com as autoridades espanholas. Em Outubro e Novembro de 2017, quando se encontrava lesionado, a Guardia Civil recebeu queixas que davam conta que o central tinha estado envolvido em desacatos à saída de uma discoteca. O atleta foi detido nas duas ocasiões, mas acabou por ser libertado horas mais tarde.

Face à gravidade deste caso, o Villareal suspendeu o contrato que ligava o jogador ao clube, retirando-lhe igualmente o salário, até que se encontre concluído este processo judicial. “Sempre com o devido respeito à presunção da inocência, o clube decidiu suspender o emprego e salário do futebolista até que se tome uma decisão definitiva”, pode ler-se no comunicado emitido pelo Villareal em Fevereiro.

O jogador, que vê agora a possibilidade de sair da prisão, ficará a aguardar em liberdade o julgamento que não tem, até ao momento, data marcada.

Sugerir correcção
Comentar