Cascais quer controlar VIH e eliminar hepatite C até 2030

Entre as medidas a ser adoptadas pelo município está a realização de 150 testes rápidos mensais ao VIH, hepatites B, C e sífilis.

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guilherme marques

O município de Cascais traçou um plano para, nos próximos dois anos, promover a detecção precoce e quebrar a transmissão do VIH/sida e da hepatite C com objectivo de eliminar os vírus até 2030.

"Estamos a trabalhar em respostas locais para uma doença com escala global. Cascais está na linha da frente para a erradicação do VIH/sida", afirmou o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, em declarações à Lusa.

De acordo com um comunicado enviado, Cascais ambiciona ser o primeiro concelho do país a controlar de forma efectiva a transmissão do vírus do VIH e da hepatite C até 2030, tendo traçado um caminho para os próximos dois anos que tem por base a promoção da detecção precoce, de modo a quebrar a transmissão dos vírus.

Para o concelho é prioritário intervir em três áreas que apresentam falhas: o diagnóstico tardio, o estigma e a discriminação sentida pelas e para com as pessoas que vivem com estas infecções e em acções de prevenção eficazes.

Para atingir estas metas, Cascais inseriu na sua estratégia para os próximos dois anos, até 2020, parcerias com entidades locais e nacionais. Nestas parcerias estão incluídas a autarquia, os cuidados primários e hospitalares, a divisão de intervenção nos comportamentos aditivos e dependências, os serviços prisionais, uma organização de base comunitária e as farmácias de rua.

"Estamos a trabalhar centrados nas pessoas. Queremos rastrear a população, tratar os doentes e sensibilizar a comunidade. É o nosso compromisso para que não tenhamos uma perspectiva complacente sobre o VIH/sida", disse Carlos Carreiras.

Entre as medidas a ser adoptadas pelo município está a realização de 150 testes rápidos mensais ao VIH, hepatites B, C e/ou sífilis, com especial incidência nas populações mais vulneráveis, a realização do rastreio do VIH a todos os reclusos dos estabelecimentos prisionais do Linhó e de Tires, e formação das equipas nas farmácias para que divulguem informação sobre o VIH e hepatites e a necessidade da realização de testes.

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