Nicarágua
Um país a ferro e fogo
Um país da América Central está mergulhada numa espiral de violência que já fez mais de 350 mortos em menos de três meses. A ONU diz estar preocupada. O Presidente, Daniel Ortega, e a primeira-dama Rosario Murillo, são dois dos alvos da fúria do povo.
Não há uma entidade independente nem números oficiais sobre as baixas na Nicarágua, um país a ferro e fogo desde 18 de Abril. Nesta quinta-feira, a Associação Nicaraguense pelos Direitos Humanos divulgou números trágicos: morreram mais de 350 pessoas na Nicarágua desde Abril, a maioria (306) civis.
A primeira-dama e vice-presidente Rosario Murillo dá garantias da força do Governo, que diz ser "indestrutível", e afiança que os opositores "não conseguiram, nem vão conseguir" derrubá-lo durante a actual crise socio-política. A ONU expressa enorme preocupação com a perda de vidas.
As manifestações contra o Presidente Daniel Ortega e a primeira-dama Rosario Murillo começaram a 18 de Abril, com o anúncio de uma reforma na Segurança Social muito contestada e foram brutalmente reprimidas. Actualmente, os manifestantes já não pedem o fim das reformas (que foram anuladas pelo Presidente), mas sim a demissão do chefe de Estado e da mulher, acusados pelos manifestantes de abuso de poder e corrupção.