Águas do Norte investe 65 milhões em Viana do Castelo até 2021

Entre outros investimentos, serão feitas duas captações e duas estações de tratamento de águas residuais, mais de 142 quilómetros de condutas, 16 estações elevatórias e 40 reservatórios.

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Rita Franca

O presidente da Águas do Norte disse nesta quinta-feira que o investimento a realizar pela empresa no concelho de Viana do Castelo, até 2021, é de 65 milhões de euros, sendo que 53 milhões daquele montante já estão executados.

José Luís Machado Vale, que falava em conferência de imprensa no edifício da Câmara local, explicou que o investimento de 65 milhões de euros, incluídos no plano de investimento na capital do Alto Minho, previsto no contrato de concessão, começou a ser executado em 2002, na altura pela então Águas do Minho e Lima.

O responsável apontou a Câmara de Viana do Castelo como "um dos melhores exemplos de parceria", entre os 63 municípios abrangidos pela empresa, que iniciou actividade em 2015.

A Águas do Norte resultou da agregação das empresas Águas do Douro e Paiva, Águas do Noroeste, Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Simdouro - Saneamento do Grande Porto, integradas no grupo Águas de Portugal, detendo "a concessão por 30 anos da exploração e gestão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Norte de Portugal".

"Temos em Viana do Castelo um exemplo que seria óptimo que todos os outros municípios, dentro da parceria com a Águas do Norte, seguissem", reforçou.

O director de engenharia, Luís Nicolau, adiantou dos 65 milhões de euros previstos para o concelho, "47,2 milhões de euros representam investimento na rede, em alta, de abastecimento de água. Aquele montante, inclui a criação de duas captações e duas estações de tratamento de águas residuais, a construção de mais de 142 quilómetros de condutas, 16 estações elevatórias e 40 reservatórios".

Já no saneamento básico o investimento atinge os 17, 8 milhões de euros e prevê a construção de cinco estações de tratamento de águas residuais, 100 quilómetros de interceptores e 40 estações elevatórias".

"Neste momento, temos em curso empreitadas no valor de dois milhões de euros, 1,7 milhões no abastecimento de água e 350 mil euros em saneamento básico", destacou Luís Nicolau.

Já o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, realçou que o "esforço conjunto" que está a ser feito nestas áreas, destacando que "80% do investimento global está executado".

Segundo o autarca socialista, "a taxa de cobertura no abastecimento de água está muito próxima dos 100%", estimando que até 2021, a cobertura no saneamento básico, actualmente nos 76%, possa chegar aos 85%".

Disse ainda que o concelho "tem em fase de conclusão, neste momento, seis milhões de euros de investimento da Águas do Norte e a arrancar, já com obras consignadas este mês, dois milhões".

"Temos para executar nos próximos anos 10,1 milhões de euros. São números importantes, que representam, sobretudo, a consolidação de um projecto que levanta ao município novas responsabilidades. Havendo mais intervenções nas infra-estruturas, em alta, teremos de acompanhar com as infra-estruturas em baixa", disse o autarca socialista.

José Maria Costa anunciou, para "breve", a apresentação de candidaturas "a incluir no plano de investimentos da futura empresa Águas do Alto Minho".

Em causa está a proposta de criação da Águas do Alto Minho, empresa de gestão das redes de água, em baixa, e do saneamento, detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e, em 49%, pelos dez municípios do distrito de Viana do Castelo que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, três - Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) - chumbaram a constituição daquela parceria.

Em Junho, o autarca de Viana do Castelo, que é também presidente da CIM do Alto Minho revelou que a fusão dos sistemas, em baixa, de água e saneamento do Alto Minho vai garantir ao concelho 75 milhões de euros, a investir nos próximos cinco anos.

José Maria Costa adiantou que "daqueles 75 milhões de euros, 21 milhões serão investidos até 2023" na substituição e modernização das redes, em baixa, de abastecimento de água e saneamento básico.

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