Nem Olympia consegue impedir Serena de regressar à final

Norte-americana de 36 anos vai discutir o título em Wimbledon com Angelique Kerber.

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LUSA/NIC BOTHMA

Em Janeiro de 2017, Serena Williams conquistou o Open da Austrália, já grávida de dois meses. Depois, retirou-se do circuito e em Setembro, 25 dias antes de completar 36 anos, foi mãe da pequena Alexis Olympia. Regressou ao circuito seis meses depois, mas a falta de consistência levou-a a preferir passar mais tempo no court de treino. E ao quarto torneio que realiza em 2018, ei-la de novo numa final, a 30.ª final do Grand Slam e 10.ª em Wimbledon, onde tentará igualar o recorde absoluto de Margaret Smith Court, detentora de 24 troféus em majors.

“Quem melhorou mais a movimentação nos últimos meses? Eu ou a Olympia? É difícil responder…”, brincou Serena. Mais a sério, recordou as dificuldades que sentiu para voltar a estar em forma após o parto. “Eu sei o quão difícil foi após a operação, mal conseguia andar. Sei que não é fácil estar numa final novamente”, frisou Serena, depois de, nas meias-finais, ultrapassar a alemã Julia Goerges (13.ª), por 6-2, 6-4.

Das quatro semifinalistas, Goerges era que tinha obtido mais break-points ao longo do torneio. Mas frente a Serena foi preciso esperar até ao final do encontro para vislumbrar uma oportunidade. Como tem sido habitual, Serena serviu muito bem, ganhando 27 (em 31) pontos com o primeiro serviço – praticamente metade dos 60 obtidos em todo o encontro. Mas a 5-3 do segundo set, a alemã, que só tinha conquistado 10 pontos nos oitos jogos de serviço adversário, aproveitou a última ocasião e quebrou finalmente a norte-americana. Mas Goerges não soube tirar partido do serviço e sofreu um quarto e último break.

Na final de sábado, Serena vai reencontrar Angelique Kerber, que venceu na final de há dois anos, em dois sets (7-5, 6-3). “Adoro ver Kerber jogar. Esta semana tenho-a visto jogar imensas vezes”, confessou a norte-americana, antes de sublinhar: “Penso que a relva é o seu melhor piso, sabe como jogar aqui, está na segunda final em três anos; é realmente impressionante. A final de 2016 foi muito boa e penso que esta também vai ser.”

Uns meses antes dessa final de Wimbledon, Kerber venceu a norte-americana no derradeiro encontro no Open da Austrália, em três sets (6-4, 3-6 e 6-4). A actual 10.ª mundial, que ocupou o primeiro lugar do ranking nesse ano, após conquistar o Open dos EUA, sabe bem quem vai defrontar. “Uma campeã, sem dúvida. Serena é uma das melhores jogadoras do mundo. Vê-la de regresso é óptimo. Ela puxa-nos aos limites, a jogar o nosso melhor ténis. É uma lutadora, é por isso que ela está onde está”, disse Kerber, após derrotar Jelena Ostapenko (12.ª), com um duplo 6-3.

A letã de 21 anos assinou 30 winners, o triplo dos da adversária, mas os 36 erros não forçados desequilibraram o encontro a favor de Kerber, que apenas cometeu sete erros directos. O segundo set poderia ter um desfecho mais rápido mas a alemã de 30 anos não aproveitou a vantagem de 5-1.

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