Trump disse aos líderes da NATO que as despesas com defesa devem aumentar para 4%

Secretário-geral da organização diz que primeiro há que chegar à meta dos 2%, ainda não cumprida por todos. Macedónia convidada a entrar.

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Trump com Macron e Erdogan na cimeira da NATO, em Bruxelas Reuters

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na cimeira da NATO, que decorre em Bruxelas, que as despesas dos países membros com a defesa deve aumentar para 4% do PIB, o dobro do objectivo actual, revelou uma fonte da Casa Branca.

"Penso que primeiro devemos chegar aos 2%, agora devemos pensar é nisso... e a boa notícia é que caminhamos para essa meta", disse o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, em declarações aos jornalistas.

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A proposta de Trump foi feita num encontro à porta fechada que se revelou ser um combate em várias frentes, diz a Bloomberg. Foi nele que Trump criticou a Alemanha por estar a investir em infra-estruturas para receber gás da Rússia em vez de aumentar os gastos para se defender precisamente da Rússia. E que admoestou os Estados-membros por só cinco dos 29 países que fazem parte da Aliança cumprirem a meta dos 2% definida na cimeira de 2014 no País de Gales.

Segundo uma fonte francesa, Trump disse que seria bom que os gastos de todos com a defesa subissem para 4% - a fonte citada pela Bloomberg disse que não foi exactamente uma exigência. Os EUA gastam 3,57% do PIB em defesa.

Analistas disseram que Donald Trump usou a arma dos 4% para vincar, na frente interna americana, que o acordo com a NATO prejudica os EUA pois a sua contribuição é maior do que a de qualquer outro membro. Na Casa Branca, a porta-voz Sarah Sanders disse isso mesmo, que os países membros deviam contribuir com bastante mais do que os 2% acordados.

A NATO tem finalmente um quartel-general para o século XXI

Os líderes concordaram em convidar a Macedónia a iniciar negociações para a adesão, o que alargaria o espaço da Aliança às Balcãs. 

A Macedónia, que recentemente fechou um acordo sobre o seu nome com a Grécia - era condição para o processo de adesão à NATO e o pedido de integração na União Europeia, o país chama-se agora República da Macedónia do Norte - tornar-se-á, quando o processo estiver concluído, o 30.º membro.

O convite foi feito apesar da oposição da Rússia.

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