Sobe para 16 o número de arguidos confirmados

Em causa, estão "factos susceptíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência".

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Os incêndios em Pedrógão Grande fizeram 66 mortos Adriano Miranda

A Procuradoria da Comarca de Leiria anunciou esta sexta-feira que aumentou para 16 o número de arguidos no inquérito que investiga os incêndios de Junho de 2017 em Pedrógão Grande, norte do distrito de Leiria, que provocaram 66 mortos.

"No âmbito do inquérito onde se investigam as circunstâncias que rodearam os incêndios de Pedrógão Grande, foram constituídos mais três arguidos. Assim, o processo tem, neste momento, 16 arguidos, todos pessoas singulares", refere o site da Procuradoria.

A mesma nota reafirma que neste inquérito, dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria, "estão em causa factos susceptíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência".

Juntam-se três arguidos à lista de 13 já conhecida. Entre eles estão o antigo presidente da Câmara de Castanheira de Pêra, Fernando Lopes; o actual presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu; o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, e o segundo comandante distrital de Leiria, Mário Cerol.

Também são arguidos José Graça, que em Junho do ano passado era vice-presidente de Pedrógão Grande; Margarida Gonçalves, engenheira florestal e a única a integrar o Gabinete Técnico Florestal do município, e António Castanheira, chefe dos serviços externos da câmara. Todos eles teriam, alegadamente, responsabilidades na limpeza das faixas junto a vias rodoviárias onde ocorreram mortes. 

Fonte ligada à investigação explicou ao PÚBLICO, em Junho, que este é um inquérito complexo, que o Ministério Público pretende terminar, no máximo, até ao final das férias judiciais, que acabam no fim de Agosto. O objectivo é identificar os responsáveis pela omissão dos deveres de cuidados. 

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