Prisão preventiva para dois bombeiros suspeitos de atearem fogos

Dois jovens da corporação de Alenquer estão indiciados por mais de duas dezenas de fogos durante as folgas.

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Bombeiros foram suspensos de funções pela corporação de Alenquer. Rui Farinha / NFactos

Os dois jovens bombeiros da corporação de Alenquer suspeitos de atearem mais de duas dezenas de fogos durante as folgas ficaram em prisão preventiva. A decisão foi tomada esta sexta-feira pelo juiz de instrução do caso, no Tribunal de Alenquer, depois de o magistrado ter ouvido quinta-feira os dois arguidos - um bombeiro profissional de 20 anos e um voluntário de 25. 

O bombeiro profissional tinha sido detido pela Polícia Judiciária (PJ) terça-feira, no quartel onde trabalha. Já o voluntário, mecânico de profissão, foi detido no dia seguinte, também na oficina onde estava a trabalhar. Desde as detenções, os dois bombeiros têm pernoitado no Estabelecimento Prisional anexo à sede da PJ, em Lisboa.

Os dois bombeiros actuariam em conjunto na maioria das situações, apesar das autoridades terem indícios de que, em alguns casos, agiram de forma isolada. Cerca de uma dúzia de incêndios terão ocorrido este ano e os restantes no ano passado. No entanto, fruto das condições meteorológicas que se viveram no ano passado, os fogos ocorridos em 2017 foram mais destrutivos do que os deste ano. 

Os incêndios ocorriam em zonas de mato e sempre dentro da zona de actuação da corporação a que pertenciam, o que implicava que fossem os colegas destes bombeiros a apagarem os fogos. Também por isso a Polícia Judiciária admite que na origem dos crimes poderão estar eventuais diferendos com outros membros da corporação de Alenquer.

Os Bombeiros Voluntários de Alenquer suspenderam os dois bombeiros de todas as suas funções e proibiram-nos de entrar nas suas instalações.

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