Sata Internacional tem perdas de 14,5 milhões no primeiro trimestre

Ao prejuízo da Sata Internacional junta-se um resultado líquido negativo de 708 mil euros da Sata Air Açores

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A Sata Internacional, que engloba as operações da companhia aérea para fora dos Açores, registou um prejuízo de 14,5 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, indicam documentos oficiais.

De acordo com informações enviadas pelo Governo Regional à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), e às quais a agência Lusa teve acesso, ao prejuízo da Sata Internacional junta-se um resultado líquido negativo de 708 mil euros da Sata Air Açores, responsável pelas ligações aéreas dentro do arquipélago.

Não são ainda conhecidas as contas da Sata de 2017, sendo que os últimos dados conhecidos, entre Janeiro e Setembro de 2017, apontavam para prejuízos de 20,6 milhões de euros na Sata Internacional e 4,54 milhões na Sata Air Azores.

A informação enviada pelo executivo regional ao parlamento açoriano não engloba uma comparação com o período homólogo, mas abarca a totalidade das empresas do Sector Público Empresarial Regional (SPER).

Ainda no sector dos transportes, a Atlânticoline, que assegura as ligações marítimas de passageiros e viaturas entre as ilhas dos Açores, registou lucros de 259 mil euros no período em análise.

A Sata Internacional - Azores Airlines tem em cima da mesa uma oferta da transportadora Loftleidir-Icelandic para a compra de 49% do seu capital, faltando agora chegar a proposta vinculativa, cujo prazo termina no fim do mês.

O grupo Sata anunciou em 17 de Abril que a Loftleidir Icelandic foi pré-qualificada para a segunda fase do processo de negociação da alienação de 49% do capital social da Azores Airlines. O capital social do grupo SATA é detido por um único accionista, a Região Autónoma dos Açores.

De acordo com o caderno de encargos da alienação de capital da operadora açoriana, o futuro accionista da Azores Airlines terá que “respeitar obrigatoriamente” a manutenção do plano de renovação da frota iniciado com o A321 NEO.

O candidato terá ainda de promover o “cumprimento da operação aérea regular mínima”, sendo que esta contempla as ligações entre o continente e os Açores, nomeadamente as rotas liberalizadas entre Ponta Delgada e Lisboa, Ponta Delgada e Porto, Terceira e Lisboa, e Terceira e Porto.

O potencial interessado tem ainda de assegurar as ligações de obrigação de serviço público entre Lisboa e Horta, Lisboa e Pico, Lisboa e Santa Maria, Ponta Delgada e Funchal, bem como a ligação de Ponta Delgada com Frankfurt, a par das rotas a partir da Terceira e Ponta Delgada com Boston e Oakland, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.

O potencial comprador deve manter a identidade empresarial, a autonomia da operadora, a sua denominação social e a marca Azores Airlines, entre outros elementos de identificação, a par de um contributo para a empregabilidade local.

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