Suíça ávida ante Suécia calculista

Granqvist elogia consistência helvética. Granit Xhaka não quer repetir penáltis do França 2016.

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LUSA/GEORGI LICOVSKI

Suécia e Suíça, respectivamente primeira do grupo da Alemanha e México e segunda classificada do grupo do Brasil, disputam ao início da tarde, em S. Petersburgo, com legítimas esperanças, um lugar entre as oito melhores selecções do Mundial 2018. Uma ambição reforçada pela oportunidade que agora se coloca, pois quem seguir em frente romperá com um passado recente de eliminações à entrada dos quartos-de-final. 

Apesar de rejeitar favoritismos, os suecos já demonstraram na Rússia capacidade suficiente para ultrapassar a ligeiríssima desvantagem em matéria de duelos privados com os helvéticos, a quem venceram 10 vezes, cedendo 11 derrotas e subsistindo ainda sete empates.

A avaliar pelas palavras do capitão Andreas Granqvist, a formação liderada por Janne Andersson não assume riscos desnecessários, optando por um discurso de superação, repetindo que terá de se apresentar "sempre no máximo, tanto individual como colectivamente", se quiser suplantar uma Suíça que, apesar de todas as cautelas manifestadas pelos escandinavos, não atinge os quartos-de-final desde 1954, ano em que organizou o quinto Mundial... curiosamente antes de a Suécia receber a sexta edição (1958), na qual chegou à final com o Brasil.

Para os suecos, que desde o "bronze" alcançado nos Estados Unidos (1994) têm apenas cumprido os mínimos sempre que marcam presença numa fase final, a fiabilidade dos suíços não deve ser desprezada.

A equipa orientada por Vladimir Petkovic, mesmo privada dos defesas Fabian Schär e Stephan Lichtsteiner, tem marcado presença regular nos últimos mundiais - tendo mesmo superado a fase de grupos em quatro das últimas cinco ocasiões (1994, 2006, 2014 e 2018) - o que deve ser observado juntamente à luz dos resultados do Grupo E, onde travou o Brasil (1-1) e superou a Sérvia antes de afrouxar frente à Costa Rica.

"Sabemos as nossas forças e fragilidades e o que nos trouxe até aqui. A Suíça apresenta resultados consistentes e é favorita, pelo que a ideia de podermos subestimá-los não se aplica", reforçou Granqvist, ciente de que não terá o experiente Sebastian Larsson em campo.

Menos contidos, os suíços recusam repetir a experiência do Euro 2016, onde caíram nos oitavos-de-final, nos penáltis, frente à Polónia. Granit Xhaka recorda o momento e garante o desejo de resolver nos 90 ou 120 minutos.

Já o seleccionador, Vladimir Petkovic, dispensa reviver os "apertos" da fase de grupos: "Complicámos um pouco a nossa tarefa, mas agora estamos decididos a controlar o jogo desde o início. Estamos ávidos de uma vitória, tal como todos os suíços que viajaram até S. Petersburgo".

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