Morreu Richard Swift, um músico multifacetado a solo ou com os Black Keys

O cantor-compositor, multi-instrumentista e produtor americano, que ficou conhecido pelo seu percurso a solo e por ter integrado grupos como Black Keys ou The Shins, morreu esta terça-feira, aos 41 anos.

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O cantor-compositor, multi-instrumentista e produtor americano Richard Swift, que ficou conhecido pelo seu percurso a solo e por ter integrado grupos como The Black Keys, The Arcs ou The Shins, morreu esta terça-feira em Tacoma, nos Estados Unidos. Tinha 41 anos. Não foram especificadas as razões do óbito, sabendo-se no entanto que havia sido internado no hospital no mês passado.

Na década de 2000 ganhou projecção a solo quando lançou álbuns como The Richard Swift Collection Vol. 1 (2005), Dressed  Up For The  Letdown (2007) ou The  Atlantic  Ocean (2009), mostrando-se um compositor multifacetado, conhecedor do universo da música popular e capaz de reinventar estéticas como o rock, a soul ou a música de raiz americana. Há dez anos, no PÚBLICO, Mário Lopes descrevia-o como um “músico que cria obsessivamente, escondido no seu estúdio e rodeado de sintetizadores vintage, guitarras, pianos, Hammonds e o inseparável gravador de quatro pistas". E prosseguia: "Não é alguém que recusa a modernidade, é alguém a quem, simplesmente, não interessa segui-la como se os caminhos que ela apresenta fossem, afinal, os únicos possíveis.”

Era alguém versado nas mais diversas manifestações da música popular, operando com várias designações, como Instruments Of Science and Technology, sob a qual editou álbuns de electrónica ambiental, ou Onasis, onde se apresentava como homem de rock & roll. Entre 2011 e 2016 foi integrante do grupo The Shins, tocando também baixo nas digressões dos Black Keys. Com um dos membros deste último grupo, Dan Auerbach, tinha aliás uma relação muito próxima, integrando também os The Arcs, um projecto que Auerbach tem mantido em paralelo aos Black Keys.

Na digressão com os The Arcs ocupou-se da bateria, mas no álbum Yours, Dreamily (2015) tocava teclados, guitarra, percussão e vozes, revelando aí toda a sua faceta de multi-instrumentista. “Hoje, o mundo perdeu um dos músicos mais talentosos que conheço. Sentirei a tua falta, meu amigo”, escreveu Dan Auerbach nas redes sociais.

Em 2016 foi lançado um álbum colaborativo de versões com Damien Jurado; como produtor, ao longo dos anos trabalhou ao lado de inúmeros nomes influentes das linguagens mais alternativas do rock ou da folk como os Foxygen, Sharon Van Etten, Tennis, Laetitia Sadier, Kevin Morby ou Damien Jurado.

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