Prisão preventiva para suspeita de violência doméstica sobre a mãe de 80 anos

A arguida exigia dinheiro à sua mãe, insultando-a, agredindo-a e ameaçando que a matava.

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A arguida exigia dinheiro à mãe para consumir estupefacientes e álcool, diz PGR ADRIANO MIRANDA

O juiz de instrução criminal do Tribunal Judicial de Leiria determinou a prisão preventiva a uma mulher suspeita do crime de violência doméstica sobre a mãe, de 80 anos, na Marinha Grande, foi anunciado esta segunda-feira. Segundo informação disponível na página na Internet da Procuradoria da Comarca de Leiria, a arguida foi detida na sexta-feira fora de flagrante delito, na cidade da Marinha Grande, onde residia, na sequência da emissão de mandados.

"Dos autos resulta, nomeadamente, que no período compreendido entre o mês de Fevereiro de 2016 e o dia 25 de Junho de 2018, por várias vezes, a arguida dirigiu-se à vítima, sua mãe, com quem residia, e exigiu-lhe dinheiro, ameaçando-a que a matava, deitava fogo à casa e que trazia homens para a violarem. Nessas alturas, proferia ainda expressões insultuosas", refere a Procuradoria.

Neste contexto, a arguida, "por diversas vezes, agrediu fisicamente a vítima, com 80 anos de idade e com debilidades físicas, desferindo bofetadas na face, pontapés nas pernas e empurrões, causando-lhe tristeza, humilhação e dores", explica.

"Com a sua conduta, a arguida visava a entrega, por parte de sua mãe, de importâncias monetárias, para fazer frente ao consumo de estupefacientes e de bebidas alcoólicas", sustenta ainda a Procuradoria.

A Procuradoria acrescenta que, "verificando-se a existência de perigo de continuação de actividade criminosa", à arguida foi determinado que aguardasse o desenrolar do processo sujeita, "cumulativamente, às obrigações decorrentes do termo de identidade e residência e a tratamento de dependência de que padece em instituição adequada".

"Deve, porém, aguardar o início do mencionado tratamento, o qual requer que previamente se efectue perícia médico-legal, em prisão preventiva", refere a Procuradoria, anunciando que "a investigação prossegue sob direcção do Ministério Público do Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria, com a coadjuvação da PSP da Marinha Grande".

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