José Peseiro apresentado no Sporting: "Não vamos fazer nada à pressa"

Novo treinador dos "leões" diz que, agora, o importante é criar ambiente de "serenidade, estabilidade e confiança", acrescentando que uma das prioridades é o regresso dos jogadores que rescindiram.

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José Peseiro com Sousa Cintra, novo presidente da SAD do Sporting LUSA/LUSA

José Peseiro foi neste domingo oficialmente apresentado como treinador do Sporting, garantindo que não vai fazer nada “à pressa”, apesar do momento difícil em que vive o clube. Nas primeiras palavras como técnico leonino, salientou que o importante é fazer regressar a “serenidade, estabilidade e confiança”. E elege como prioridade o regresso dos jogadores que rescindiram contrato com o clube de Alvalade.

“Há 14 anos estive nesta sala com muita ilusão, muita motivação, e com muita responsabilidade para defender as cores deste clube”, disse o novo técnico dos “leões”, referindo-se à anterior passagem pelo clube na época 2004/2005.

“Catorze anos depois, a mesma ilusão, a mesma motivação, a mesma responsabilidade de ser treinador deste enorme clube”, afirmou, ressalvando que chega com “mais experiência”.

Admitindo que o Sporting “acaba de passar por momentos conturbados”, Peseiro defende que agora é “importante criar um clima de serenidade, estabilidade e de confiança”.

“Sabendo que corremos contra o tempo, partimos um pouco atrás”, realça. “Estamos atrasados, mas não desesperados. Nunca”.

Sobre a composição do plantel para a próxima época, Peseiro diz que é ainda “cedo” para falar nisso, mas refere que uma das principais prioridades é “fazer com que seja possível o regresso” dos jogadores que rescindiram contrato.

O treinador, que passou recentemente pelo FC Porto, Sp. Braga e pelo Vitória de Guimarães, garante ainda que não receia as eleições para a presidência do Sporting, marcadas para 8 de Setembro. “O clube não pode parar. Também por isso o acordo que temos é de um ano e mais um de opção. Não fazia sentido não ter, com eleições, essa noção temporal, da possibilidade de que quem vem tenha de carregar com um contrato de dois ou três anos. Como se passou aqui há um mês”, aludindo assim à contratação de Sinisa  Mihajlovic por Bruno de Carvalho. O técnico sérvio foi entretanto dispensado pela actual liderança da Sociedade Anónima Desportiva sportinguista, liderada agora por Sousa Cintra, que volta também a cargos de chefia em Alvalade.

Nomeado pela comissão de gestão que lidera os destinos do clube até às eleições, Sousa Cintra explicou que “preferia um treinador português a um estrangeiro”, falando de Peseiro como “um grande ser humano e um grande treinador”.

“A primeira coisa que lhe perguntei foi se estava disponível para fazer do Sporting campeão. A ambição do treinador é exactamente igual à minha”, disse.

Sousa Cintra garantiu que “brevemente” serão apresentados reforços “de qualidade”. “Mas sou contra a chegada de jogadores de qualquer forma”. Além disso, o líder da SAD “leonina” defendeu uma aposta forte na formação, revelando que estão a ser “alteradas algumas coisas” no funcionamento da Academia de Alcochete, de forma a alcançar esse objectivo.

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