Organista Peter Planiavsky abre o 44.º Festival de Música Estoril-Lisboa

O compositor e instrumentista austríaco toca um programa de música do seu país, este domingo, no órgão de tubos da Sé de Lisboa. Festival decorre até 28 de Julho.

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Órgão de tubos da Sé de Lisboa DR

Um recital de música austríaca, pelo organista Peter Planiavsky, abre este domingo, na Sé de Lisboa, o 44.º Festival de Música Estoril-Lisboa, que se prolonga até ao dia 28, com concertos e cursos de música entre a capital e Cascais.

Compositor e organista, Peter Planiavsky, de 72 anos, tem um vasto currículo, em que sobressai o seu empenho na divulgação da música de compositores austríacos. Actualmente, é director musical da catedral de Santo Estêvão, em Viena.

A programação do festival inclui várias estreias absolutas e estreias portuguesas, como a ópera Les  Enfants  du  Levant, de Isabelle Aboulker, no dia 6 de Julho, no Centro Cultural de Belém (CCB). A estreia em Portugal desta ópera, em versão de câmara, sob a direcção da maestrina Teresa Lancastre, é interpretada pelo Coro dos Alunos do Instituto Gregoriano de Lisboa, sendo solistas a meio-soprano Rita Miranda e o barítono Manuel Oliveira, acompanhados ao piano por Eurico Rosado.

No dia 11, no Hotel Palace, no Estoril, o maestro Nikolay Lalov dirige a sua Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras num programa que inclui peças de António Fragoso, Samuel Barber e Sergei Prokofiev, em que é solista a soprano Filipa Portela, vencedora, no ano passado, do 19.º Concurso de Interpretação do Estoril.

No dia seguinte, no CCB, actuam os laureados do IV Concurso Nacional de Cordas Vasco Barbosa, realizado este ano, que interpretam obras de Penderecki, Enescu, Shostakovich, César Franck e Ravel. Os distinguidos são José Miguel Freitas (violeta), Hugo Estaca (violoncelo) e Filipe Abreu (violino).

No dia 20, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, realiza-se a estreia do Requiem pela Aurora de Amanhã, de João Madureira, uma encomenda do festival, no âmbito do centenário do fim da Grande Guerra de 1914-18. Este concerto, sob a direcção do maestro Pedro Neves, é protagonizado pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, pelo coro Voces Caelestes e pelo solista António Rosado, ao piano.

O escritor José Tolentino de Mendonça, vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa e director da Faculdade de Teologia, indigitado esta semana, pelo papa Francisco, arquivista e bibliotecário do Vaticano, é o autor do texto, e fará a narração.

Além da estreia do requiem de João Madureira, que em edições anteriores do festival já estreara outras peças suas, o programa deste concerto prevê ainda as interpretações de Prélude à l'après-midi  d'un  faune, de Debussy, e do Concerto em Ré Maior, para a mão esquerda, de Ravel.

A final do 20.º Concurso de Interpretação do Estoril realiza-se no dia 22 nas Casas do Gandarinha-Centro Cultural de Cascais.

O concerto de encerramento, no dia 28, é protagonizado pelo Face à Face Quartet, constituído por Mara Dobresco e Géraldine Dutroncy, no piano, e Hélèné Colombotti e Elisa Humanes, na percussão, no auditório do Museu do Oriente, em Lisboa, em que serão interpretadas, entre outras, peças de Leonard Bernstein, George Gershwin, Oscar Strasnoy e William Bolcolm. O concerto, sob o lema Happy Birthday, Lenny, é uma homenagem a Bernstein, o compositor de West  Side  Story, Serenade, Candide e Wonderful  Town, o maestro criador dos Concertos para Jovens, de quem este ano se assinalam os cem anos do nascimento.

 

 

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