Acabou a escola, começaram as férias. E agora, crianças?

Com o calendário escolar a marcar o fim das actividades lectivas, começam as preocupações dos pais para os ocupar nas férias. Aqui ficam algumas sugestões.

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Daniel Rocha

O calendário oficial escolar diz que a partir de 16 de Junho não há mais aulas para ninguém. Quem tem os filhos na escola pública sabe que as preocupações sobre onde colocar as crianças começam cedo, bem antes do mês de Agosto onde, aí sim, tudo está fechado e é altura de ir com os miúdos de férias.

Até lá, as preocupações são encontrar actividades que os entusiasmem, que tenham horários compatíveis com as necessidades, não sejam um assalto aos bolsos, e que permitam aos pais continuarem descansados, na certeza de que eles estão a aprender alguma coisa e, sobretudo, a divertirem-se. Não há nenhuma fórmula mágica para encontrar actividades que cumpram todos estes requisitos, mas há, com certeza, uma espécie de guia de boas práticas que facilitará encontrar a agulha, mesmo que o palheiro pareça muito vasto.

O ponto de partida deverá ser pensar se a prioridade é encontrar solução para uma base diária, com as crianças a regressarem a casa todos os dias, e o horário se assemelhe ao que eles tinham na escola. Pense em instituições como o MAAT, a Gulbenkian ou Serralves se a componente da arte e cultura lhe parece a mais relevante, ou na Culturgest ou no Centro Cultural de Belém se a referência for cinema e arquitectura. Se a vocação forem os animais, as opções são muitas, com o Oceanário, o Zoológico de Lisboa ou o Zoo Santo Inácio como as mais óbvias. Há sugestões para candidatos a cozinheiros, a futebolistas, a artistas plásticos, ou a surfistas. Há mesmo muito por onde escolher.

A outra hipótese é pensar numa proposta diferente, que implique dormir fora de casa, e usufruir de um verdadeiro campo de férias, onde se se põem em prática muitos outros aspectos igualmente importantes, como a aprendizagem do convívio em grupo e regras porventura diferentes das que existem lá em casa – há campos de férias onde tablets, jogos electrónicos e televisões não entram. E isso pode ser uma novidade de peso para muitos – e uma novidade das boas.

O maior desafio é escolher os campos de férias que implicam, com grande probabilidade, levar um saco-cama às costas. A DiverLanhoso (na Póvoa de Lanhoso, à entrada do Gerês) oferece campos de férias de 2, 7 e 14 dias, destina-se a jovens dos 6 aos 18 anos, e tem quatro programas temáticos à escolha. O mais barato é o de 2 dias (70 euros); os de uma semana começam nos 270 euros e podem chegar aos 670 euros se a opção for por um programa cultural que, entre outras actividades, inclui visitas a Santiago de Compostela. Os participantes são acompanhados 24 horas por dia, num rácio de um monitor por cada oito participantes dos 6 aos 11 anos e um monitor por cada dez participantes dos 12 aos 18 anos. A coordenadora dos campos de férias é Sara Vieira, contactável por email (saravieira@diver.com.pt) ou por telefone (962 616 746).

No centro do país, os campos de férias residenciais da Upaje, em Vila Noca do Ceira, Góis, distrito de Coimbra, têm como objectivo estimular os participantes a descobrir as suas capacidades para um maior desenvolvimento da sua autonomia. Um turno de oito dias custa 248 euros, e as inscrições podem ser feitas para uma ou duas semanas. O primeiro turno está programado para a semana de 1 a 7 de Julho e o último para a semana de 28 de Julho a 4 de Agosto (informações em geral@upaje.pt ou 919 793 254). A sul, e em plena Serra de Aires e Candeeiros, a Quinta da Escola, da Pranima, continua a oferecer boas opções. Há “turnos” todas as semanas desde o dia  1 de Julho até ao dia 1 de Setembro, com um custo de 295 euros por semana. Informações em 211 919 259 ou info@pranima.org

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