Acampamento nacional junta em Leiria 2500 escoteiros

Escoteiros de Israel, Bélgica, Luxemburgo, França, Ucrânia e São Tomé e Príncipe reúnem-se em Portugal sob o tema da multiculturalidade.

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Acampamento reúne escoteiros de vários países DR

Cerca de 2500 de pessoas vão participar no 25.º Acampamento Nacional da Associação Escoteiros de Portugal, que começa a 29 de Julho, na Barosa, Leiria, este ano sob o mote da multiculturalidade e aceitação da diferença, foi hoje anunciado.

"Escolhemos estes temas porque estão na actualidade com as migrações e por se tratar também do Ano Europeu do Património Cultural", disse hoje à Lusa Manuel Pimenta, da Associação Escoteiros de Portugal, admitindo que estas são temáticas que "não chegam tanto aos jovens".

Manuel Pimenta adiantou que "o último acampamento foi em 2011, no Caramulo", e justificou a escolha da Barosa "por ser a proposta mais interessante, quer ao nível de apoio autárquico, como das condições", referindo a proximidade de pinhal e praias.

Segundo o responsável, do estrangeiro é esperado para o acampamento, que se desenvolve num terreno de 20 hectares, um grupo de 300 escoteiros, sendo a maioria destes de Israel, somando-se ainda elementos da Bélgica, Luxemburgo, França, Ucrânia e São Tomé e Príncipe.

"Durante uma semana são organizadas actividades de acordo com as faixas etárias dos participantes, dos seis aos 21 anos, sendo que a partir desta idade são voluntários e dirigentes", referiu.

Actividades físicas, desportos radicais e contacto com a natureza são algumas das iniciativas previstas no acampamento, que termina a 4 de Agosto, que inclui, ainda, actividades "mais intelectuais e espirituais, não necessariamente religiosas", esclareceu Manuel Pimenta.

No dia 3 de Agosto, as actividades vão estar centradas em Leiria, onde os escoteiros "vão retribuir o acolhimento" da comunidade, com a limpeza das margens do rio Lis e da encosta do Castelo ou pintar paredes.

Numa nota de imprensa, a organização informa que o acampamento "pretende transmitir a importância e a riqueza dos ambientes multiculturais, no desenvolvimento pessoal e a consciência global com acção local".

Citado na mesma nota, Miguel Gonzalez, escoteiro-chefe nacional, afirma que "a multiculturalidade é um conceito que está no ADN" da associação que "ao longo de mais de 100 anos tem procurado promover o respeito pela diferença".

"Afinal nos nossos grupos de escoteiros, espalhados pelo país, sempre puderam entrar crianças e jovens de todas as religiões e crenças", adianta Miguel Gonzalez, realçando que o resultado desta aposta vai "ser visível no acampamento nacional que vai reunir num mesmo local jovens de vários contextos sociais, étnicos e religiosos".

Segundo o seu sítio na Internet, os Escoteiros de Portugal "são uma associação educativa para jovens, sem fins lucrativos, reconhecida de utilidade pública", anunciando-se como "a segunda maior organização juvenil portuguesa" com "mais de 13 mil jovens em cerca de 150 unidades locais espalhadas por todo o continente e regiões autónomas.

"São os fundadores do escotismo português e a mais antiga organização juvenil portuguesa, representando em Portugal, o escotismo aberto a todos, independente, interconfessional e multiétnico", adianta.

 

 

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