Pais cumprem protesto silencioso em escola de Leiria contra a falta de avaliação dos alunos

A associação de pais de uma das escolas diz que “os danos acabam por ser directamente para os alunos” e que são os estudantes do 9.º ano, 11.º ano e 12.º ano, os mais prejudicados.

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Um grupo de pais e alunos protestou nesta quinta-feira à porta da Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, contra a falta de avaliação dos alunos e a desigualdade que essa acção, que resulta da greve dos professores, provoca nos estudantes.

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Um grupo de pais e alunos protestou nesta quinta-feira à porta da Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, contra a falta de avaliação dos alunos e a desigualdade que essa acção, que resulta da greve dos professores, provoca nos estudantes.

Durante cerca de meia hora, pais e alunos das escolas Básica 2,3 José Saraiva e Secundária Domingos Sequeira, do Agrupamento de Escolas Domingos Sequeira, envergaram alguns cartazes e, de forma silenciosa, protestaram e alertaram para as "iniquidades provocadas pela greve dos professores às avaliações".

A presidente da Associação de Pais da Escola Secundária Domingos Sequeira, Sandra Sousa, disse à agência Lusa que o objectivo é que "haja uma rápida resolução da actual situação".

"Queremos que atempadamente os alunos possam ter acesso às notas e depois possam decidir o seu futuro. Temos situações de alunos que querem concorrer à Força Aérea e estes prazos são mais apertados do que os de acesso ao ensino superior e daí ser importante que atempadamente as notas sejam disponibilizadas", explicou Sandra Sousa.

Segundo esta encarregada de educação, são os alunos do 9.º ano, 11.º ano e, sobretudo, 12.º ano, os mais prejudicados. "Também queremos mostrar a indignação contra a desigualdade. Existem turmas em que as notas saíram e outras não. Até à data, a maior parte das turmas ainda tem as notas por atribuir. Estamos a falar de todos os anos, mas reiteramos a importância do 9.º, 11.º e 12.º anos. Pelo menos estes poderiam ter tido a situação precavida", sublinhou.

Garantindo que os pais "não estão contra a greve a que os professores têm direito", Sandra Sousa disse que o protesto serve também para os "sensibilizar" e alertar que "os seus alunos estão um pouco angustiados e a ser prejudicados".

"Os danos acabam por ser directamente para os alunos. Apelamos para que eles sejam sensíveis à situação e que procurem reunir-se atempadamente e darem as notas. Estamos aqui para nos fazer ouvir, mostrar a nossa indignação e sensibilizar toda esta nossa comunidade escolar, pais e alunos", reforçou.

As associações de pais destas duas escolas do mesmo agrupamento vão agora enviar uma carta a várias entidades, entre as quais o presidente da Assembleia da República, Presidente da República e alguns sindicatos.