Energia Simples duplica facturação e prevê lucros de dois milhões em 2018

A comercializadora de electricidade Energia Simples, que tem clientes empresariais em Portugal e Espanha, mais que duplicou a facturação em 2017 e espera este ano atingir um resultado líquido positivo de dois milhões de euros.

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Manuel Azevedo, fundador e CEO da Energia Simples daniel rocha

Depois de ter fechado 2017 com um volume de negócios em torno dos 100 milhões de euros, mais do que duplicando os 41 milhões atingidos em 2016, a comercializadora Energia Simples espera alcançar este ano um resultado positivo de dois milhões de euros, tendo fechado o primeiro trimestre com ganhos de 800 mil euros, disse ao PÚBLICO o fundador da empresa, Manuel Azevedo.

Atribuindo o “forte crescimento” de 2017 em grande parte ao sucesso da empresa nos concursos públicos - que permitiram à Energia Simples ter mais de duas dezenas de autarquias entre os os seus clientes - Manuel Azevedo adiantou que a aposta deste ano passa pela comercialização de gás natural aos clientes empresariais do mercado português (com ofertas duais, de electricidade e gás). Ao mesmo tempo, a comercializadora ambiciona também reforçar a sua carteira de clientes de electricidade em Espanha, onde já atingiu mil clientes e cinco milhões de euros de facturação.

A Energia Simples (que tem cerca de 20 mil clientes e uma quota de mercado em torno dos 2,4%) também fixou como meta para 2018 a assinatura de contratos com produtores de energias renováveis – essencialmente hídrica e solar – que permitam que, até meados de 2020, pelo menos 70% da sua carteira seja abastecida com energia verde (face aos cerca de 14% actuais), adiantou Manuel Azevedo ao PÚBLICO.

Por um lado, para assegurar que os clientes “têm efectivamente energia verde”. Por outro, por uma questão de sustentabilidade do negócio: “Para garantir que o preço a que compramos é sempre inferior àquele a que vendemos aos nossos clientes”, explicou o gestor.

Frisando que a empresa já tem novos acordos com produtores de renováveis (incluindo projectos de solar fotovoltaico no Alentejo que deverão arrancar entre Setembro e Outubro), Manuel Azevedo notou que enquanto “não forem assinados mais contratos” deste tipo, a Energia Simples não pretende crescer mais na comercialização de electricidade em Portugal.

Este reforço da componente de energia renovável com acordos bilaterais que protegem a empresa das variações de preços no mercado grossista “é uma peça fundamental da estratégia”, sublinhou.

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