Queiroz não se fica e responde a Quaresma com “coices”

O antigo seleccionador nacional diz que ensinou o hino nacional a muitos jogadores portugueses.

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Carlos Queiroz LUSA/PAULO NOVAIS

Carlos Queiroz não gostou das respostas de Ricardo Quaresma. A última dizia que “vozes de burro não chegam ao céu”. E a reacção foi dura e directa, como é apanágio do antigo seleccionador. Queiroz diz que Quaresma escolheu “dar coices no meio de trivelas” e voltou a relembrar o seu papel no tempo em que orientou a selecção portuguesa, afirmando que chegou a ter que ensinar o hino nacional a alguns jogadores.

Esta reacção de Carlos Queiroz surge na sequência da resposta dada por Quaresma no final do jogo da selecção nacional com o Irão. Nessa ocasião, o futebolista disse que para falar sobre Queiroz levaria o dia todo. Em entrevista ao PÚBLICO, o agora seleccionador do Irão respondeu que se os técnicos que treinaram o extremo falassem sobre ele, ficariam anos a falar.

Uma declaração que levou Quaresma a falar sobre burros e que motivou a mensagem de Queiroz, publicada nesta quarta-feira no seu Facebook, numa altura em que o técnico já se encontra de regresso àquele país asiático.

Aqui fica, na íntegra, a publicação de Carlos Queiroz no seu Facebook.

“Quaresma tem razão. Também no meu mundo e cultura, aos burros o que é dos burros (dar coices), aos ciganos o que é do grande e nobre povo cigano (nomeadamente a bravura e hombridade). Quaresma escolheu e acha-se no direito de dar coices no meio de um par de trivelas. Faltou-lhe a bravura e hombridade para explicar de que forma, no exercício da minha função de seleccionador do Irão, faltei ao respeito para com os portugueses. Como se conclui facilmente, Deus é grande e até os coices dos burros chegam ao céu. Recomendo, vivamente, que Quaresma se informe junto de João Pinto sobre quem é Carlos Queiroz, como ajudei muitos jogadores da selecção a aprender o hino nacional, ou como trabalhei ao longo de 12 anos, pela federação e pelo país, para criar muitas das condições para que hoje possa, com os seus colegas, envergar da melhor forma a camisola de Portugal. A ignorância não ofende e não é qualquer burro que me dá um coice. Votos de grandes trivelas. E a melhor sorte para Portugal.”

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