Inglaterra esmaga Panamá com hat-trick de Harry Kane

Ingleses apurados para os oitavos-de-final discutirão liderança do Grupo G com a Bélgica. Panamá consegue primeiro golo num Mundial, mas é eliminado juntamente com a Tunísia.

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EPA/VASSIL DONEV

Ao segundo jogo, antes do duelo mais esperado com a Bélgica, a Inglaterra selou o apuramento para os “oitavos” com a maior goleada (6-1) do Rússia 2018, impondo-se a um Panamá sem argumentos para lidar com a inesperada veia goleadora de Stones (estreou-se a marcar pela selecção com um bis) e com a voracidade de Harry Kane, que assinou um hat-trick (o terceiro de Inglaterra em Mundiais, depois de Geoff Hurst, em 1966, e Gary Lineker, em 1986). Com dois penáltis e um desvio fortuito no calcanhar, após remate de Loftus-Cheek, Kane superou Cristiano Ronaldo e Romelu Lukaku na liderança dos melhores goleadores do Mundial, com cinco golos.

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Pouco interessada nessa discussão, a Inglaterra construiu a sua maior goleada de sempre em Mundiais, destronando a selecção anfitriã, que detinha o resultado mais dilatado neste Rússia 2018 (5-0 à Arábia Saudita, no jogo de abertura). Os britânicos foram para intervalo a vencer precisamente por 5-0, resultado que os deixava empatados com a Bélgica em todos os critérios (seis pontos, oito golos marcados e dois sofridos) excepto no fair-play, que vai garantindo aos campeões do mundo de 1966 a liderança do Grupo G por um cartão amarelo (2-3).

Na verdade, Harry Kane — que foi substituído por Vardy a seguir ao terceiro golo — até podia ter sido mais feliz. Mas o árbitro egípcio ignorou um penálti (e vermelho a Gómez) cometido sobre Lingard, logo no primeiro minuto.

Os ingleses ultrapassariam rapidamente a situação, corrigida com o terceiro golo consecutivo obtido na sequência de um canto, depois dos dois da vitória suada (2-1) sobre a Tunísia. Desta vez coube a Stones (8’) a honra de abrir as hostilidades e, assim, encetar o desmantelamento de um Panamá que tinha resistido 47 minutos frente à Bélgica.

A selecção caribenha ainda tentou reagir, beneficiando da descompressão no jogo do adversário. Mas a eficácia inglesa e o golo soberbo de Lingard (36’) precipitaram um desfecho que até poderia ter sido bem mais traumático para os “canaleros”. Com Southgate interessado em preparar mentalmente o embate com a Bélgica e a poupar Trippier, Lingard e Kane a um esforço desnecessário, o Panamá chegou ao golo de honra por intermédio do capitão Felipe Baloy (78’), naquele que ficará para a história como o primeiro golo panamiano em fases finais de Campeonatos do Mundo. Saciados, os ingleses evitaram novas surpresas e esperaram tranquilamente pelo apito final.

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