Salazar marcou presença no exame de História A que até "não era difícil"

Nesta sexta-feira realizou-se a prova de História A do ensino secundário. Estavam inscritos 20.096 estudantes. O PÚBLICO falou com alunos da Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, no final do exame.

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RITA RODRIGUES/PÚBLICO
  1. Como correu o exame?
  2. O exame correspondeu ao que aprendeu na escola?
  3. O que gostava que tivesse saído que não saiu?
  4. Qual foi a pergunta ou o tópico que correu pior?

 

Miriam Costa, 20 anos, aluna de Línguas e Humanidades

1. Mais ou menos. Eu não gosto de agoirar, não gosto de dizer se correu bem ou mal portanto eu digo sempre mais ou menos. Mas acho que correu mais para o bem desta vez, sim.

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Miriam Costa, 20 anos, aluna de Línguas e Humanidades RITA RODRIGUES/PÚBLICO

2. Sim, com a professora que eu tive, sim. Acho que teria corrido melhor se eu tivesse estudado mais, mas pronto, também não posso adivinhar a matéria que vai sair.

3. Mais sobre o Estado Novo, foi o que eu estudei mais. Portugal, regime opressivo... estava mais à espera que saísse isso. Saiu, mas acho que não foi tanto quanto eu estava à espera.

4. Sobre Roma, a matéria do 10.º ano, isso foi a pior parte (Grupo I – A integração da Península Ibérica no Império Romano).

 

Vasco Costa, 17 anos, aluno de Línguas e Humanidades

1. O exame de História correu bem. Pensávamos que ia ser mais difícil mas não havia assim perguntas muito profundas, era mais geral e portanto não era preciso estudar assim tudo tão seriamente. Era mais dar uma vista de olhos geral à matéria toda, apesar de não ter saído muito dos anos anteriores, saiu mais focado no 12.º.

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Vasco Costa, 17 anos, aluno de Línguas e Humanidades RITA RODRIGUES/PÚBLICO

2. Correspondeu ao que aprendemos. Foi o que nós demos nas aulas. Tudo o que lá estava demos nas aulas, apesar de não me lembrar de algumas coisas... mas isso já é uma parte mais minha.  

3. A crise de 1929, o crash na bolsa dos Estados Unidos. Talvez a independência francesa ou a americana também.

4. A Primeira República Portuguesa e talvez o governo salazarista que era uma grande parte mas foi a que eu menos "apanhei" ao longo destes anos.

 

Pedro Rodrigues, 20 anos, aluno de Línguas e Humanidades                                                                                                                 

1. Mais ou menos, não correu muito bem, não correu muito mal. Também não era difícil. Eu que não estudo desde que entrei para a (escola) primária não achei complicado. Por isso, alguém preparado de certeza que achou muito fácil.

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Pedro Rodrigues, 20 anos, aluno de Línguas e Humanidades RITA RODRIGUES/PÚBLICO

2. Não. Há sempre uma dificuldade dos professores em termos de horários e de vida pessoal, e até de capacidades para nos dar a matéria toda e ficou matéria por leccionar.

3. O que eu gostava que tivesse saído? Histórias do Mundial (de futebol). De resto, não tenho mais facilidade em nada.

4. O que me correu pior foi a pergunta seis que foi o tema da submissão da economia e da cultura aos imperativos políticos de Portugal na década de 20 e década de 30. Tinha de escrever muito e eu não estava com paciência.

 

Catarina Pereira, 19 anos, aluna de Línguas e Humanidades  

1. Correu bem, sim. O exame era fácil, eu estava à espera já disto assim mais ou menos.

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Catarina Pereira, 19 anos, aluna de Línguas e Humanidades RITA RODRIGUES/PÚBLICO

2. Sim, toda a matéria que saiu no exame demos nas aulas.

3. A Rússia, a União Soviética. Que saiu, mas não saiu a primeira parte, que era aquilo que estávamos à espera que saísse.

4. O salazarismo, a arte e a economia. Porque é algo muito específico, muito particular e é preciso saber muita coisa e muitos pormenores.

Texto editado por Andreia Sanches

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