Philippe Coutinho e Neymar dão à costa nos descontos

Costa Rica resistiu 90 minutos, mas acabou por sucumbir ao Brasil e dizer "adeus" ao Mundial.

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Lance do jogo entre Brasil e Costa Rica EPA/ANATOLY MALTSEV
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Coutinho festeja o seu golo Reuters/MAX ROSSI
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Neymar festeja o seu golo Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
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Lance do jogo entre Brasil e Costa Rica LUSA/MAHMOUD KHALED
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Lance do jogo entre Brasil e Costa Rica Reuters/MAX ROSSI

Um golo de Philippe Coutinho (90+1’) e outro de Neymar (90+7’) no período de compensação evitaram que o Brasil voltasse a empatar e aumentasse o sentimento de desilusão frente à Costa Rica, que recebeu a sentença no Rússia 2018 à segunda derrota no Grupo E, que arrancou ontem em S. Petersburgo.

O Brasil terminou, in extremis, o curto calvário em fases finais de Campeonatos de Mundo, voltando a vencer depois das derrotas com a Alemanha (meia-final) e Holanda (atribuição dos terceiro e quarto lugares) em 2014 e do empate com a Suíça, já na Rússia.

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Escaldados precisamente pela igualdade com os helvéticos, na primeira jornada de um Mundial cada vez mais marcado pelas inesperadas dificuldades a que os principais candidatos não estão imunes, os brasileiros encararam a Costa Rica com cuidados especiais. A estreia do lateral Fagner (Danilo está lesionado), na direita, foi a principal novidade. Mas os costa-riquenhos preferiram explorar o flanco oposto para responderem à primeira ameaça de Philippe Coutinho, a assinar um remate perigoso aos 3’.

A vertigem ofensiva de Marcelo e o défice de solidariedade, embrulhado nas incontáveis bolas perdidas na ala de Neymar, abriram uma avenida que poderia ter precipitado a troca de guião ao minuto 13, quando Borges falhou uma rara oportunidade para marcar para a Costa Rica.

O futebol pausado e previsível do Brasil não alimentava grandes ilusões perante um adversário organizado, sereno, objectivo e venenoso, ainda que Thiago Silva fosse administrando sempre o antídoto na hora certa.

Apesar de todas as contingências e de um golo bem anulado a Gabriel Jesus, os últimos 20 minutos do primeiro tempo anteciparam o que poderia ser a segunda parte. Especialmente depois da primeira acção acertada de Neymar, que Keylor Navas resolveu. O guarda-redes do Real Madrid assumiria, de resto, um papel fundamental quando o Brasil decidiu romper com o marasmo.

Sem apoio de Fagner, Willian cedeu a vez a Douglas Costa, que imprimiu a velocidade e o repentismo necessários para mudar a face do jogo. Mas os protagonistas da verdadeira sapatada foram Philippe Coutinho e Paulinho, que depois de ter dinamitado a confiança dos costa-riquenhos passou o testemunho a Firmino.

Os primeiros dez minutos foram verdadeiramente dramáticos para a Costa Rica, com Gabriel Jesus a acertar na barra e Gamboa a negar, no mesmo lance, o golo a Coutinho, desviando o remate de forma providencial. Apesar do sufoco, a Costa Rica sobreviveu e ainda colocou Miranda em sentido, aliviando um pouco a pressão — e saindo ainda incólume no primeiro erro grave da defesa, lance que Neymar não conseguiu transformar no 1-0. O desespero crescia e o avançado brasileiro tentava compensar a desinspiração com uma simulação na área... induzindo o árbitro em erro, ainda que só por breves momentos, já que o videoárbitro corrigiu e anulou o penálti assinalado aos 78’.

O tempo esgotava-se e o Brasil interiorizava a ideia de arrastar a decisão do apuramento para o jogo com a Sérvia. Mas Philippe Coutinho abriu caminho à primeira vitória do Brasil, enquanto Neymar, no último suspiro, assinava o segundo da tarde, o 56.º ao serviço do “escrete”, batendo o recorde de Romário e ficando apenas atrás de Zico, Ronaldo Nazário e Pelé.

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