Groundforce confirma aumento de agressões a trabalhadores no aeroporto de Lisboa

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos alertou para sucessivas agressões a trabalhadores da Groundforce nas portas de embarque do aeroporto de Lisboa, referindo "mais de uma dezena de episódios" desde o início do ano.

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Rui Gaudêncio

A Groundforce Portugal confirmou nesta quinta-feira à Lusa o aumento de agressões a colaboradores no aeroporto de Lisboa, garantindo que já se reuniu com diversas entidades para tentar encontrar soluções.

"A Groundforce Portugal confirma o crescimento de agressões a colaboradores no aeroporto de Lisboa e está a prestar todo o apoio necessário a estes funcionários, bem como iniciou uma série de acções que visam evitar que estas agressões continuem", refere em resposta enviada à agência Lusa.

A empresa salientou que já reuniu com a ANA, a ANAC e PSP, no sentido de "procurar soluções para o problema".

A administração da Groundforce refere ainda que convocou todos os sindicatos da empresa para uma reunião na segunda-feira, com o objectivo de "somar esforços na busca de suporte junto dos vários poderes públicos para solucionar o problema".

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) alertou nesta quinta-feira para sucessivas agressões a trabalhadores da Groundforce nas portas de embarque do aeroporto de Lisboa, referindo "mais de uma dezena de episódios" desde o início do ano.

Em declarações à Lusa, o coordenador do Sitava, Fernando Henriques, explicou que as agressões estão relacionadas com a falta de condições do aeroporto Humberto Delgado, mas sobretudo com a política de overbooking (venda de mais bilhetes do que os lugares disponíveis) das companhias aéreas, em "99%" dos casos com voos da TAP.

"No passado domingo houve mais um episódio com trabalhadores da Groundforce junto a uma porta de embarque no aeroporto de Lisboa", disse, referindo que "têm-se sucedido agressões a trabalhadores da SPdH/Groundforce no aeroporto de Lisboa sem que haja a devida salvaguarda das suas condições de segurança por parte das entidades responsáveis".

Neste sentido, o Sitava pediu já uma reunião com a administração da Groundforce, que está agendada para segunda-feira, e também ao Ministério da Administração Interna.

De acordo com o dirigente sindical, "a situação assumiu uma proporção muito complicada, com pessoas com medo de ir trabalhar, com receio que as situações se repitam".

Fernando Henriques defende que tem que haver um reforço da segurança junto às portas de embarque, bem como consequências para os passageiros que protagonizam episódios violentos, como uma lista negra com seus nomes, ficando impedidos de voar.

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