Austrália irredutível adia festa dinamarquesa

VAR mudou a tendência de um jogo cujo resultado mantém tudo em aberto no Grupo C.

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A irredutibilidade da selecção australiana, nos antípodas de uma Dinamarca mais sofisticada e calculista, adiou a qualificação dos nórdicos para os oitavos-de-final do Mundial 2018, impondo uma igualdade (1-1) com tanto de justa como de frustrante para os “socceroos”.

Em Samara, antes de conhecerem o desfecho do França-Peru (1-0), coube ao médio dinamarquês Christian Eriksen (7’) e ao especialista australiano em penáltis, Mile Jedinak (38’, g.p.), materializar uma ambição que redundou num empate que acabou por deixar a Dinamarca mais perto da fase seguinte. Depois da vitória sobre o Peru, a campeã europeia de 1992 colocou-se em vantagem numa das primeiras acções no Cosmos Arena, controlando praticamente toda a primeira parte, numa gestão que só seria perturbada pela intervenção do videoárbitro (VAR).

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Aconselhado a verificar o lance em que Poulsen tocou inadvertidamente a bola com o braço esquerdo, o árbitro espanhol Mateu Lahoz acabaria por considerar que a imprudência justificava a marcação de um castigo máximo... bem como a exibição de um amarelo (o segundo na prova), que afasta o avançado do próximo embate com a França.

Chamado a repetir a dose aprovada frente aos franceses, Mile Jedinak “enganou” Kasper Schmeichel e igualou a marca detida por Fernando Hierro (actual seleccionador espanhol), tornando-se no futebolista com mais penáltis convertidos (três, consecutivos) em fases finais de Mundiais, desde o Coreia do Sul-Japão de 2002.

A partir desse momento, a Austrália apresentou os argumentos com que já tinha surpreendido a França na primeira jornada, arrancando para uma exibição arrojada, com sucessivos lances de perigo que o guarda-redes dinamarquês foi resolvendo com intervenções decisivas.

Apesar de todas as tentativas que justificavam uma discussão acesa na terceira jornada, a Austrália voltou a falhar, vendo as probabilidades de apuramento drasticamente reduzidas. A Dinamarca isolava-se, temporariamente, no primeiro lugar do grupo, com quatro pontos, cedendo poucas horas depois a posição dominante ao próximo adversário, precisando apenas de um empate com a França para assegurar a qualificação para os oitavos-de-final.

A Austrália, com um ponto, ocupa o terceiro lugar — já com o Peru fora da corrida, mas nem por isso um opositor que os australianos possam menosprezar —, e fica obrigada a vencer. E, mesmo assim, fica dependente do “pleno” da vice-campeã europeia ante a Dinamarca.

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