Identificados mais de mil suspeitos em operação contra comércio ilegal de animais selvagens

Entre as quase duas mil apreensões estão incluídos milhares de répteis, primatas e felinos vivos. A operação da Interpol decorreu em Maio em 93 países

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Athit Perawongmetha

A Organização Internacional de Polícia (Interpol) anunciou esta quarta-feira, 20 de Junho, que uma operação contra o comércio ilegal de animais selvagens permitiu apreensões no valor de milhões de dólares e a identificação de 1400 suspeitos em todo o mundo.

Em comunicado, a Interpol adianta que a operação decorreu durante todo o mês de Maio e envolveu 93 países. As 1974 apreensões incluem 43 toneladas de carne de animais selvagens, incluindo urso, elefante, crocodilo, baleia e zebra, 1,3 toneladas de marfim, 27 mil répteis, quase quatro mil aves, 48 primatas vivos, 14 grandes felinos e carcaças de sete ursos, incluindo dois polares.

Segundo o comunicado, dois comissários de bordo foram detidos em Los Angeles transportando tartarugas vivas para a Ásia na sua bagagem pessoal e as autoridades canadianas interceptaram um contentor com 18 toneladas de carne de enguia proveniente da Ásia.

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Em Espanha, foram feitas mais de quatro mil apreensões, tendo sido descoberta uma casa cheia de esculturas de marfim em Guipúzcoa (norte) e localizados mais de 3800 cactos em Almeria (sul).

De acordo com dados das Nações Unidas e da Interpol, os crimes ambientais são o quarto negócio ilegal mais lucrativo do mundo, depois do tráfico de droga, de contrafacção e de seres humanos.

Os seus lucros são calculados entre 91 mil e 258 mil milhões de dólares por ano (78.700 e 223 mil milhões de euros) e registam uma taxa de crescimento de cinco a sete por cento ao ano.

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