Exames: o melhor é estudar sem parar

A organização e a disciplina são chave. Esqueçam, portanto, as saídas à noite e ao fim-de-semana, telemóveis, WhatsApp, Facebook, Instagram, Snapchats e afins incluídos, até porque os exames são agora e os amigos podem esperar.

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Fernando Veludo/NFACTOS

Os exames nacionais não estão à porta. Os exames nacionais já começaram e o segredo para o sucesso é só um: estudar sem parar, e de preferência um mês antes de cada exame, sem nunca estudar para mais de três exames ao mesmo tempo.

A organização e a disciplina são chave. Esqueçam, portanto, as saídas à noite e ao fim-de-semana, telemóveis, WhatsApp, Facebook, Instagram, Snapchats e afins incluídos, até porque os exames são agora e os amigos podem esperar. 

Ao longo da minha carreira como aluno do secundário nunca estudei menos de duas semanas para cada teste. Fazia resumos da matéria, muitos resumos, mais resumos e, não sei se já o disse, ainda mais resumos. E depois lia-os uma, duas, três, sete ou mais vezes, de trás para a frente e da frente para trás, até chegar ao ponto de saber, de ver à minha frente no momento do teste, no momento do exame, onde estava cada letra, cada palavra, em que linha, em que página, memorizando compêndios inteiros.

Na universidade, entrei para Biologia, o meu curso de eleição. As notas de acesso? À data, 19 a Biologia e 19 a Psicologia. 

Nunca parei de estudar. Queria entrar para Biologia, estudar o comportamento animal, fazer documentários, amar os animais, viver com e entre os animais e, se querem mesmo saber, comecei a estudar para entrar para a universidade aos 10 anos quando, à frente do meu pai, declamei este meu desejo de ser biólogo. 

E se até lá somos todos estudantes, então o nosso trabalho é um e um só: estudar. Porque, para podermos estudar, há quem trabalhe por nós, na esperança de que nos façamos homens e mulheres, independentes, empreendedores, realizados, felizes.

Porque, para podermos estudar, gerações de pais sacrificaram-se e sacrificam-se em nosso nome e, por conseguinte, o mínimo que podemos fazer é estudar, como se não houvesse amanhã. Devemos-lhes isso, aos nossos pais. É nosso dever, é a nossa obrigação.

Por isso, estudei sem parar, sempre, até à hora de cada teste de folhas na mão, revendo e revendo, fazendo exercícios e testes antigos, procurando padrões e respostas, procurando aprender e saber na ponta da língua todos os ossos do corpo humano e o saber não ocupa lugar.

Afinal, é o nosso futuro em causa, é o vosso futuro em causa.

Escrevo-vos do futuro, do meu futuro. Não fiz os tais documentários, descobri a paixão pelo ensino. Inicialmente como professor de Biologia, hoje vivo ao leme de uma escola em Inglaterra. Chegou a vossa vez, o futuro é vosso, agarrem-no com as duas mãos, com as duas pernas, com o corpo todo, e nunca, mas mesmo nunca, parem de estudar, mesmo se já tocou para o exame e vocês ainda à porta a trocar ideias com um colega.

E boa sorte!

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