Quatro anos depois, Japão quer vingar goleada colombiana

Maya Yoshida, defesa da selecção nipónica, confia que o desfecho vai ser diferente desta vez.

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Maya Yoshida, de 29 anos, joga no Southampton desde 2012 LUSA/RUNGROJ YONGRIT

Colômbia e Japão são as primeiras equipas do Grupo H a entrar em acção, hoje, às 13h. É a primeira vez que as duas selecções se encontram desde que os colombianos derrotaram os japoneses, por 4-1, na última partida da fase de grupos do Mundial de 2014. “Estou muito contente por encontrá-los outra vez”, assumiu Maya Yoshida, central japonês que esteve presente no Brasil.

À entrada para o confronto com a Colômbia no Mundial de há quatro anos, o Japão encontrava-se numa situação difícil. Tinha perdido o primeiro jogo com a Costa do Marfim e empatado a zero com a Grécia. “Então quando chegou o teste da Colômbia, tínhamos obrigatoriamente de ganhar”, recordou Yoshida ao site da FIFA. O jogo não correu de feição aos nipónicos, pois só marcaram um golo, por Shinji Okazaki, contra quatro dos “cafeteros”, que nasceram dos pés de Cuadrado, James Rodríguez e Jackson (bis). “Tivemos problemas [contra a Colômbia] e eles deram-nos uma lição de como pode ser o Campeonato do Mundo.”

Volvidos quatro anos, os nipónicos têm a oportunidade de vingar a goleada sofrida no Brasil. “As coisas estão muito diferentes, comparadas com a última vez. Há quatro anos, encontrámo-nos no último jogo do grupo, mas desta vez, na Rússia, jogamos na abertura”, perspectivou Yoshida, que considera que o jogo vai ser “renhido”: “O primeiro jogo é difícil para todas as equipas e a Colômbia não é excepção.”

O facto de o confronto ser agora na abertura não é a única razão que faz Yoshida a acreditar que as coisas vão ser diferentes. “No Brasil, há quatro anos, não jogámos o futebol que queríamos. Isto é algo que queremos rectificar”, assegurou o central, que conta agora com um novo seleccionador, Akira Nishino, que assumiu o comando técnico do Japão em 2018.

Em relação ao que os asiáticos podem fazer na Rússia, e num grupo que conta também com Polónia e Senegal, Yoshida não tem dúvidas: “Realisticamente, seria um sucesso chegarmos aos oitavos-de-final. Vamos tentar o nosso melhor para fazer um bom Mundial.”

A Colômbia nunca perdeu com o Japão, registando duas vitórias e um empate, e participa agora no seu sexto Campeonato do Mundo, o segundo seguido. Os “cafeteros” vão também contar com Radamel Falcao, que falhou a edição de 2014 devido a lesão.
José Pékerman, seleccionador da Colômbia, antevê que passar o grupo vai ser “uma tarefa difícil”. “Precisamos de chegar aos quartos-de-final e depois fazer ainda melhor. Mas respeitamos as equipas com quem vamos jogar”, afirmou o treinador argentino.

James Rodríguez está a recuperar de uma distensão do gémeo e não é certo que esteja na equipa inicial. “Estamos à espera para ver o que é que os médicos dizem no último exame”, anunciou Pékerman, que assumiu que tem “alternativas suficientes e jogadores que podem ser opção para a equipa”.

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