França inicia Mundial com vitória pouco convincente sobre a Austrália

Os franceses dominaram quase o jogo todo, mas não conseguiam transportar essa superioridade para o marcador. O primeiro golo chegou só de penálti, e com recurso ao VAR, que inverteu pela primeira vez uma decisão neste Mundial.

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Mathew Ryan LUSA/ROBERT GHEMENT

No papel, a França tem uma equipa muito superior à Austrália, mas não foi por isso que a selecção da Oceania deixou de lutar. Sólidos na defesea, os australianos aguentaram o poderio atacante francês, que só marcou o primeiro na segunda parte e da marca de grandes penalidades.

Ao segundo minuto de jogo, o lateral direito Benjamin Pavard faz um passe a rasgar para Kylian Mbappe aparecer nas costas dos defesas e rematar para defesa de Mathew Ryan. Estava feito o primeiro aviso. Este não foi caso único, pois os gauleses muitos vezes apostaram na velocidade da linha de três da frente, que iam trocando de posições, para fazer golo.

Nos primeiros vinte minutos da primeira parte, a França não teve problemas em controlar o jogo, mas não conseguia materializar essa vantagem em golo. Jogou muito subida e a chegar com relativa facilidade à área australiana, mas faltou sempre o último passe. A Austrália, não conseguindo sair em ataque organizado, resguardava-se atrás, com duas linhas juntas a aguentar as investidas dos franceses.

Mas a melhor oportunidade da primeira parte pertenceu mesmo aos “socceroos”. Ao minuto 17, de bola parada, Mooy faz assistência para a cabeça Trent Sainsbury. O central quase bateu Hugo Lloris, que fez uma enorme defesa para canto. A partir daqui, a Austrália cresceu, foi tendo mais presença no meio-campo e a França perdeu um pouco do fulgor que pautou o seu jogo no início da partida.

Os gauleses estiveram muito subidos no terreno de jogo, e recuperavam sempre a bola muito rápido, com os “três mosqueteiros” da frente a condicionarem a saída de bola dos australianos, que recorreram muitas vezes a “balões”.

Nos segundos 45 minutos, a França entrou de forma bem diferente daquela com que tinha iniciado a metade anterior. A Austrália ganhava coragem e chegava mais à área francesa.

Foi preciso chegarmos ao minuto 57 para vermos o marcador ser inaugurado, e com recurso a vídeo árbitro. Pogba faz um passe para Griezmann, que cai na área depois de ser tocado por Joshua Ridson. Andres Cunha, árbitro principal, não marcou nada, mas o VAR reverteu a decisão e Griezmann não falhou da marca dos 11 metros.

Engane-se quem tivesse pensado que a Austrália ia abaixo com o golo francês. Num cruzamento para a área, Umtiti toca na bola com a mão. Desta vez, Cunha não teve dúvidas e marcou o castigo máximo que Mile Jedinak não desperdiçou.

A França acusou o empate e a Austrália ia agradecendo o desleixo com que os franceses iam atacando. A intenção dos “socceroos” era a de secar o jogo adversário, o que quase levou a um resultado supreendente no fim, não fosse o remate de Pogba, a dez minutos do fim, a bater na barra e depois a tocar para lá da linha de golo. O relógio do árbitro apitou e estava confirmado o 2-1.

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