Final em Estugarda garante a Federer a liderança do ranking

O tenista suíço vai defrontar no encontro decisivo o canadiano Raonic.

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Roger Federer LUSA/LUKAS COCH

A menos de dois meses de completar 37 anos, Roger Federer regressa ao primeiro lugar do ranking. A vitória nas meias-finais da Mercedes Cup assegurou ao suíço um acumulado de pontos suficientes para destronar Rafael Nadal do topo do ténis mundial. Federer, que não competia desde Março, voltou a fazê-lo esta semana em Estugarda, em relva, e, ao vencer Nick Kyrgios, joga neste domingo a final.

“Estou muito contente e aliviado. Estou de volta a número um, estou noutra final. São boas notícias”, revelou Federer, após derrotar Kyrgios (24.º ATP), por 6-7 (2/7), 6-2 e 7-6 (7/5). No set inicial, Federer cedeu somente cinco pontos no serviço, mas não aproveitou os únicos dois break-points e, confirmando a tendência dos seis sets realizados nos dois duelos anteriores com o australiano, o set decidiu-se no tie-break. Kyrgios foi o primeiro a adiantar-se para 3/1 e não mais perdeu a vantagem.

Só que o australiano não conseguiu manter o mesmo nível a servir e Federer assinou o primeiro break do encontro, para liderar por 2-1 e não mais perder o ascendente.

O set decisivo decorreu sem break-points e no inevitável tie-break, foi novamente Kyrgios a adiantar-se com um passing shot de direita e liderar por 2/0 e 3/1. Até que Federer devolveu o mini-break e acabou por ganhar os derradeiros dois pontos.

Na final, o suíço vai defrontar Milos Raonic (35.º), que afastou o francês e campeão em título Lucas Pouille (17.º), por 6-4, 7-6 (7/3). Esta é a primeira final em mais de um ano do canadiano que soma três vitórias em 13 embates com Federer, sendo a última em relva, no torneio de Wimbledon de 2016.

Esta é a sexta vez na carreira que o suíço ascende à liderança do ranking. A primeira foi a 2 de Fevereiro de 2004, tendo aí permanecido durante 237 semanas consecutivas, até ser destronado por Nadal. A 6 de Julho de 2009, reocupou o posto de número um onde ficou por mais 48 semanas. O lugar foi retomado por Nadal, que depois cedeu a Novak Djokovic, mas a 9 de Julho de 2012, Federer voltou ao primeiro lugar e aí ficou durante 17 semanas. Cinco anos e meio depois e poucos dias após conquistar o 20.º título do Grand Slam, na Austrália, Federer voltou a liderar a tabela ATP, onde esteve quatro semanas. A liderança tem sido repartida com Nadal, sendo esta a terceira vez em 2018 que o suíço encima a hierarquia mundial. 

“Quanto mais jogar e me mantiver saudável, mais possibilidades tenho, mas é bom sempre voltar, em qualquer altura. Os últimos meses têm sido entusiasmantes e estes encontros, em que o primeiro lugar está em jogo, não acontecem muitas vezes. Há quatro anos que não se falava sobre o número um e agora há várias mudanças; acho que é bom para os fãs”, adiantou Federer, o mais velho detentor do primeiro lugar do ranking.

No total de semanas na frente do ranking, Federer eleva o recorde para 310; de entre os tenistas em actividade, seguem-se Djokovic (223) e Nadal (177). Mas o suíço não tem planos para mantes a liderança do ranking até final do ano.

“Nesta altura, não sei o que possa fazer; vou jogar na próxima semana, depois Wimbledon. Depois, logo veremos, mas de certa forma, a minha época começa agora, espero cumprir toda a minha programação até final da época”, disse Federer.

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