Filiados impedidos de votar no CDS Porto

Juventude Popular convoca reunião de emergência.

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A líder do partido já foi informada sobre o problema na distrital do Porto NUNO FERREIRA SANTOS

Os filiados da Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos (FTDC) e da Juventude Popular (JP) de Vila Nova de Gaia poderão estar impedidos de votar na eleição para a liderança da distrital do CDS-PP Porto já este sábado. O presidente da assembleia distrital, Henrique Campos Cunha, recusou dar as listas dos respectivos filiados das organizações autónomas do CDS às concelhias para permitir a participação no acto eleitoral. A líder do partido já foi informada sobre o problema. O secretário-geral, Pedro Morais Soares, diz não ter “nenhuma competência” sobre as eleições de estruturas locais e remete a questão para os órgãos próprios do Porto.

Estes filiados – que serão 150 da JP de Gaia e entre 250 a 300 no caso da FTDC em todo o distrito -  não são militantes do CDS-PP, mas têm capacidade eleitoral à luz dos regulamentos internos do partido. Apesar de poderem ser decisivos na disputa renhida entre os dois candidatos - Cecília Meireles, deputada vice-presidente do partido, e Fernando Barbosa, líder da concelhia de Gaia -, estes delegados podem não vir a participar na escolha. O presidente da assembleia distrital recusou disponibilizar as listas com argumentos de irregularidades.

O presidente da FTDC, Fernando Moura e Silva, que integra a candidatura liderada por Fernando Barbosa, confirmou ao PÚBLICO que as listas dos delegados da estrutura não foram entregues e mostrou desagrado com a situação, por considerar que há uma ingerência numa estrutura que é autónoma do CDS.

No caso da JP foi convocada uma reunião de emergência da comissão política nacional, para a noite desta quinta-feira, em que o cenário em cima da mesa era a possibilidade de nenhum filiado votar nestas eleições distritais por solidariedade com os "jotas" de Vila Nova de Gaia. Esta concelhia é precisamente aquela onde Fernando Barbosa tem mais apoios. O líder da JP Francisco Rodrigues dos Santos quer que a estrutura fale a uma só voz. O PÚBLICO tentou contactar Campos Cunha, mas sem sucesso.  

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